Dados do Trabalho

Título

Efeitos da imersão em água fria na propriocepção em atletas de natação

Resumo (máximo 3000 caracteres com espaço)

Introdução: A recuperação pós-exercício tem recebido ênfase no âmbito esportivo e dentre as técnicas utilizadas destaca-se a imersão em água fria (IAF). No cenário da natação competitiva, a IAF é aplicada principalmente com intuito de melhorar a performance. Entretanto, seus efeitos em relação a desfechos funcionais como propriocepção são incertos. Objetivo: Avaliar os efeitos da IAF sobre a propriocepção de ombro de atletas de natação. Métodos: Trata-se de um ensaio clínico randomizado placebo controlado (cross-over) com uma amostra de 18 atletas de natação de ambos os sexos com idades entre 12 e 20 anos. Os atletas foram divididos em três grupos: grupo IAF, grupo placebo (GP) e grupo controle (GC). O estudo foi realizado durante um período de seis semanas de treinamento, em que nas semanas ímpares (1, 3 e 5) foram obtidos valores basais e nas semanas pares (2, 4 e 6) foram aplicadas as intervenções. As intervenções [IAF (14±1°C), GP (imersão em água termo neutra 27±1°C), e GC (recuperação passiva)] tiveram duração de 12 minutos e foram aplicadas às segundas, terças e sextas-feiras após o treino físico e antes do treino nadado. O teste de propriocepção foi realizado aos sábados antes e após a semana intervenção visando comparar os momentos. Com o atleta a um metro de uma parede foram realizadas marcações a 55º, 90º e 125º de flexão de ombro a partir de uma ponteira laser posicionada abaixo do deltóide. Inicialmente o atleta deveria acertar as três marcações de olhos abertos, partindo de uma posição neutra e em seguida realizar o mesmo movimento de olhos fechados. Foi adotado o menor desvio angular de três tentativas para cada ponto. Para condução das análises foi utilizado o pacote estatístico SPSS Statistics 23.0 sendo realizada ANOVA mista com intuito de comparar os efeitos das três intervenções. Resultados: Houve efeito tempo para todos os grupos apenas para a angulação de 90º (P=0,008; ES=0,139). No entanto, não houve diferença entre os grupos (P>0,05), o que indica que a IAF não promove alterações proprioceptivas de ombro. Conclusão: A imersão em água fria aplicada durante uma semana não foi capaz de melhorar a propriocepção do ombro em jovens atletas de natação.

Palavras-chave (máximo 3)

Natação; Crioterapia; Performance.

Área

Atendimento emergencial & Recovery