IX Congresso Brasileiro e VII Congresso Internacional da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva e da Atividade Física

Dados do Trabalho


Título

Concussão cerebral e seus índices preocupantes: uma revisão sistemática

Resumo (máximo 3000 caracteres com espaço)

Introdução: Concussão cerebral pode ser definida como um ligeiro traumatismo crânio-encefálico devido às forças biomecânicas que geram, na maioria das vezes, o impacto direto na cabeça (BARBOSA, 2011). Segundo Harmon et al., (2019) esta lesão apresenta uma fisiopatologia complexa e que envolve disfunções cerebrais no indivíduo. Muitas vezes a concussão pode passar despercebida, por não haver perda de consciência em alguns casos, que é um dos sinais da lesão (GARDNER et al., 2015). Objetivo: Traçar o perfil epidemiológico dos atletas de artes marciais que sofreram concussão cerebral na prática esportiva. Métodos: Para a realização deste estudo, foi feita uma busca de artigos com o tema proposto com publicações de 2012 a 2019, nos bancos de dados da biblioteca virtual da saúde, lilacs, scielo, pedro, pubmed e cochrane com os descritores: concussão cerebral, artes marciais e atletas. Para critérios de inclusão, os trabalhos deveriam conter dados epidemiológicos de concussão cerebral nos atletas de artes marciais e serem revisões sistemáticas, revisões sistemáticas com metanálise e estudos prospectivos. Relato de caso e artigo que não abordava a concussão como principal tema foi excluído da análise. Resultados: Dos estudos selecionados para compor os resultados, foi identificado o alto índice de concussão cerebral nos esportes de combate como taekwondo, artes marciais mistas (MMA), karatê, entre outros. Karpman et al., (2016) compararam os índices de lesão em atletas de MMA e pugilistas e verificaram que a maioria das lesões por concussão cerebral ocorre em pugilistas. Porém, os riscos de sofrer essa lesão é um pouco maior no MMA. Atletas de karatê de nível olímpico sofrem menos com concussões cerebrais, devido às regras do karatê olímpico não permitirem contatos contundentes, apresentando um risco de concussão cerebral 10 vezes menor em relação ao taewondo olímpico (ARRIAZA et al., 2016). Pieter, Fife, O’Sullivan (2012) afirmam que o taekwondo se mostrou muito mais propenso em expor seus atletas e praticantes, de ambos os gêneros, à lesões como concussão cerebral, inclusive quatro vezes mais que o futebol americano em um período de 15 anos. Outro esporte que apresenta dados importantes em relação à lesão estudada é o wrestling, responsável por cerca de 7% nos casos de concussão cerebral em 4 temporadas (KERR et al., 2016). Conclusão: Os dados sugerem que os atletas de taekwondo foram os que tiveram mais prejuízos quanto ao alto risco de sofrer concussão cerebral, o que se torna um dado alarmante devido ao grande público que pratica este esporte (80 milhões no mundo todo) e que necessita de uma intervenção preventiva mais rigorosa por parte das entidades que regulamentam este esporte. Já o karatê de alto nível foi o que apresentou o menor índice de concussões cerebrais, graças às regras adotadas na modalidade olímpica.

Palavras-chave (máximo 3)

concussão cerebral, artes marciais, atletas.

Área

Epidemiologia

Autores

Antonio Erasmo Brito Neto, Darlison Andrey Silva Castro, Michel Christian do Nascimento Souza, Jorge Carlos Menezes Nascimento Junior