IX Congresso Brasileiro e VII Congresso Internacional da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva e da Atividade Física

Dados do Trabalho


Título

Perfil de atletas brasileiros de paracanoagem e estratégias de recovery

Resumo (máximo 3000 caracteres com espaço)

Introdução: A paracanoagem possibilita que indivíduos com deficiência atinjam sua capacidade funcional máxima. Tendo em vista a alta intensidade dos treinos dos paratletas, estratégias de recovery devem ser adotadas para diminuição da dor muscular tardia (DMT) e fadiga, bem como melhorar a performance. Objetivo: Identificar o perfil dos atletas de paracanoagem que participaram do Campeonato Brasileiro de 2017 e suas estratégias de recovery. Métodos: Trata-se de um estudo de caráter qualitativo, aprovado pelo comitê de ética, que entrevistou 34 paratletas do Campeonato Brasileiro de Canoagem Velocidade e Paracanoagem 2017. A entrevista foi estruturada em quatro partes: 1) dados pessoais do atleta, 2) características da deficiência, 3) prática da modalidade e 4) relação do desempenho com fadiga e DMT. Sobre os dados pessoais foram questionados nome, idade e classe funcional; sobre à deficiência questionou-se como foi adquirida e a necessidade de dispositivo auxiliar para marcha; em relação ao esporte, foi investigado sobre o tempo de prática da modalidade, frequência semanal e duração dos treinos e quantidade de competições no ano; os questionamentos sobre DMT e fadiga se basearam na frequência semanal e presença de DMT e fadiga após o treino, e sua relação com o rendimento esportivo. Resultados: Foram entrevistados 34 atletas, 10 mulheres e 24 homens, com médias de idade de 30 e 28,8 anos, respectivamente, dez da classe KL1, doze KL2 e doze KL3. Em relação às características das deficiências, os atletas apresentavam lesão medular (53%) como causa da deficiência física, seguido por amputação (35%) e atletas com malformações congênitas (12%). Quanto à causa da deficiência, 53% dos atletas sofreu acidentes automobilísticos. O dispositivo auxiliar de marcha mais encontrado foi a cadeira de rodas, seguido de próteses. Dos atletas 32% praticavam paracanoagem há mais de dois anos e treinavam mais de cinco vezes por semana, com média de uma hora e meia, e participam de mais de cinco competições ao ano. Em relação a DMT 50% dos atletas relatou que tem dor entre uma e duas vezes por semana, e a dor atinge 6 em uma escala de 0 a 10, e a sensação de fadiga com a mesma frequência, porém com intensidade 7. A não influencia da fadiga e DMT no rendimento foi relatada por 59% dos atletas; e quanto às estratégias de recovery, 70% relatou não utilizar qualquer recurso para recuperação ou analgesia. Conclusão: Os atletas que participaram do campeonato brasileiro de paracanoagem de 2017 não utilizam estratégias de recovery, apesar de relatarem fadiga e DMT intensa.

Palavras-chave (máximo 3)

Esportes para pessoas com deficiência, recovery, fadiga

Área

Epidemiologia

Autores

John Christopher Chen Hsiao, Fernanda Bortolo Pesenti, Christiane de Souza Guerino Macedo