IX Congresso Brasileiro e VII Congresso Internacional da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva e da Atividade Física

Dados do Trabalho


Título

Existe diferença no fortalecimento do complexo posterolateral versus anteromedial do quadril em pacientes com osteoartrite sintomática de joelho? Ensaio Controlado Aleatorizado

Resumo (máximo 3000 caracteres com espaço)

Introdução: O Momento Adutor Externo do Joelho é uma variável biomecânica que explica o aumenta das cargas compressivas no compartimento medial do joelho e está associada com progressão da osteoartrite de joelho (OAJ). Nessa perspectiva estudos tem verificado os efeitos do fortalecimento do complexo glúteo no controle dessa variável e na melhora da dor e capacidade funcional nesses pacientes. No entanto, ainda carecem de estudos que verifiquem os efeitos do fortalecimento do complexo anteromedial do quadril em pacientes com OAJ. Objetivos: O objetivo da presente pesquisa foi analisar os efeitos da adição do fortalecimento dos músculos do complexo posterolateral versus anteromedial do quadril na intensidade da dor e capacidade funcional em pacientes com OAJ. Métodos: Foi realizado um ensaio clínico aleatorizado, grupo paralelo, distribuição equilibrada, avaliador cego, prospectivamente registrado no ClinicalTrial.gov (ID: NCT02901964). Os pacientes foram distribuídos aleatoriamente, 66 pacientes em dois grupos: Complexo Posterolateral do Quadril (CPLQ, n=33) e Complexo Anteromedial Quadril (CAMQ, n=33). Os participantes foram submetidos a 12 atendimentos fisioterapêuticos durante seis semanas consecutivas. Ambos os grupos realizaram aquecimento em bicicleta ergométrica, alongamento de isquiotibiais, quadríceps femoral, tríceps sural, terapia manual articular e miofascial para o joelho, fortalecimento de quadríceps femoral, isquiotibiais e tríceps sural. Ademais, o CPLQ realizou três exercícios específicos (abdução, exercício “clam” e elevação pélvica) e o CAMQ realizou outros três exercícios específicos (adução, flexão e isometria com bola suíça entre os membros inferiores). Os desfechos avaliados foram: intensidade da dor pela Escala Numérica de Dor (END), capacidade funcional subjetiva pela Knee Injury and Osteoarthritis Outcome Score (KOOS) e Questionário de Lequesne, percepção da evolução clínica pela Escala de Percepção do Efeito Global e, mobilidade funcional pelo Teste de Levantar e Caminhar Cronometrado e Teste Sentar-Levantar em seis semanas e seis meses após as intervenções. Resultados: A comparação entre os grupos nos desfechos primários após seis semanas de intervenção não apresentou diferença significativa na intensidade da dor (diferença média= -1,15, IC 95% -2,44 – 0,12, TE= -0,40), domínio dor no KOOS (diferença média= 1,64, IC 95% -6,79 – 10,07, TE= 0,23) e domínio função nas atividades diárias no KOOS (diferença média= -0,12, IC 95% -8,78 – 8,54, TE= 0,05). Não houve diferença em todos os desfechos secundários em seis semanas e seis meses entre os grupos com pequeno tamanho do efeito. Conclusão: A adição do fortalecimento dos músculos do quadril a um programa de fortalecimento de membros inferiores em pacientes com OAJ, trouxe melhora significativa na intensidade da dor e capacidade funcional, porém, sem diferença entre os grupos.

Palavras-chave (máximo 3)

Osteoartrite do joelho; modalidades de fisioterapia; terapia por exercício.

Área

Tratamento

Autores

Rafaele Maria Oliveira da Costa, Isabel Oliveira Monteiro, Raíssa Grazielle de Oliveira Dantas, Priscila Lourinho, Amélia Pasqual Marques, Gabriel Peixoto Leão Almeida