IX Congresso Brasileiro e VII Congresso Internacional da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva e da Atividade Física

Dados do Trabalho


Título

Relação entre estabilidade e mobilidade de membros superiores de atletas de vôlei de uma Universidade do Vale do Rio dos Sinos – RS

Resumo (máximo 3000 caracteres com espaço)

Introdução: O vôlei é o segundo esporte mais popular do Brasil e com um elevado potencial atlético, impondo movimentos rápidos e agressivos. Desse modo, atletas dependem de uma boa relação de estabilidade e mobilidade no complexo do ombro para minimizar o risco de lesões. Objetivo: Verificar a associação entre a mobilidade e a estabilidade do complexo do ombro em atletas universitários de voleibol, por meio de avaliação funcional e de mobilidade do complexo do ombro. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional, transversal e descritivo. Foram incluídos 25 atletas de vôlei de uma Universidade do Vale dos Sinos, dez do sexo feminino e quinze do sexo masculino, que foram avaliados pela equipe do Projeto de Fisioterapia Desportiva em relação à capacidade funcional e perfil de lesões, com idades entre 18 e 45 anos, que treinassem ao menos duas vezes por semana, participassem de campeonatos representando a instituição, que tivessem realizado as avaliações e respondido ao questionário de prevalência de lesões e de perfil. Foram excluídos da pesquisa atletas que não compareceram ou não quiseram participar das avaliações funcionais no momento. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade (CAAE: 01439518.0.0000.5348). Resultados: A amplitude articular de rotação externa (RE) de ombro do membro dominante no sexo masculino foi de 73,13±5,05, e no sexo feminino 80,60±7,16 (p=0,006). Em contrapartida, a rotação interna (RI) do membro não dominante para o sexo masculino foi de 47,20±6,06 e para o sexo feminino de 53,60±6,09 (p=0,017). Os atletas realizaram uma média de 28,60±3,68 toques para o sexo masculino e 30,50±2,63 toques para o sexo feminino no Closed Kynetic Chain Upper Extremity Stability Test (CKCUEST), estando dentro dos padrões encontrados na literatura. Não foram encontradas diferenças no escore composto do Y Balance Test (YBT) para membros superiores entre os atletas com e sem histórico de lesão, embora tenham sido encontradas diferenças entre o sexo masculino (79,97±5,93) e o feminino (70,00±9,41) (p=0,003). Não foram encontradas correlações entre o escore composto no YBT e a amplitude de movimento para RI ou RE em ambos os sexos. Da mesma forma, também não foram encontradas correlações entre o número de toques no CKCUEST e as amplitudes de movimento para RI e RE, exceto para a RE do membro dominante sexo feminino (p=0,034; r=0,671). Conclusão: O estudo indica que os atletas avaliados apresentam desempenho funcional dentro do adequado em relação à mobilidade e ao desempenho no CKCUEST, embora tenham apresentado resultados abaixo do indicado no YBT. Por sua característica de avaliação unilateral, o YBT traz informações importantes no processo de avaliação funcional dos atletas, podendo indicar a necessidade de implementação de estratégias preventivas adequadas.

Palavras-chave (máximo 3)

estabilidade; mobilidade; vôlei

Área

Biomecânica

Autores

Manoela Patricia Marta, Rafaela Cristina Matzenbacher, Eduarda Klein Mello, Vitória Baldissera, Leonardo Fratti Neves