IX Congresso Brasileiro e VII Congresso Internacional da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva e da Atividade Física

Dados do Trabalho


Título

PODE A CIRCUNFERENCIA DE MEMBRO SER UTILIZADA PARA DETERMINAR DIFERENTES MAGNITUDES DE DANO MUSCULAR INDUZIDO POR EXERCÍCIO?

Resumo (máximo 3000 caracteres com espaço)

Introdução: O exercício realizado de maneira não habitual, sem controle de intensidade, frequência e/ou duração, pode promover o dano muscular induzido por exercício (DMIE). A avaliação do DMIE por métodos indiretos tem sido cada vez mais utilizada para determinar a magnitude de dano muscular, como pico de torque isométrico, dor muscular tardia, concentração sanguínea da creatina kinase (CK), amplitude de movimento, porém é necessário um melhor entendimento sobre a avaliação da circunferência para determinação de diferentes magnitudes de dano muscular. Objetivo: Avaliar a circunferência do braço após DMIE de diferentes magnitudes nos flexores de cotovelo. Métodos: Trata-se de um estudo comparativo, composto por trinta homens saudáveis (23,4 ± 2,6 anos), ativos, distribuídos aleatoriamente para o grupo baixo dano muscular (GBD) e grupo alto dano muscular (GAD), com 15 indivíduos cada. Os sujeitos foram avaliados quanto à circunferência do braço imediatamente antes, 24, 48 e 72 horas após o protocolo de DMIE. O GBD realizou 10 ações isocinéticas excêntricas máximas de flexores de cotovelo, na velocidade angular de 60°/s em uma amplitude de movimento de flexão/extensão de cotovelo de 120°. O GAD realizou o mesmo exercício, porém com 30 repetições. Os dados foram analisados por meio do software estatístico SPSS versão 20.0 atribuindo-se o nível de significância de 5%. Resultados: Nos resultados relacionados à circunferência, não houve interação entre tempo e grupo [F (1.752, 49.058) = 1,912; P > 0,05; f de Cohen = 0,26] e nem efeito do grupo [F (1, 28) = 2,271; P > 0,05; f de Cohen = 0,28]. Porém, houve efeito do tempo [F (1.752, 49.058) = 13,457; P < 0,001; f de Cohen = 0,69]. Não houve diferenças entre os grupos (P > 0.05) e em relação aos resultados intragrupo, o GAD apresentou aumento significativo de todos os momentos em comparação ao pré (P < 0,05) e o pós 72hrs foi maior do que pós 24hrs (P < 0,05). Já no GBD, não houve mudança significativa em relação ao pré (P > 0,05). Conclusão: Portanto, a avaliação da circunferência não é um bom marcador indireto para avaliar diferentes magnitudes do DMIE.

Palavras-chave (máximo 3)

Exercício; Circunferência braquial; Dinamômetro de Força Muscular

Área

Biomecânica

Autores

Daniel Kovacs, Jean Arthur Mendonça Barboza, Mikhail Santos Cerqueira, Ingrid Martins De França, Daniel Germano Maciel, Wouber Hérickson de Brito Vieira