IX Congresso Brasileiro e VII Congresso Internacional da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva e da Atividade Física

Dados do Trabalho


Título

Análise do controle postural e resistência dos músculos do core de mulheres corredoras com dor anterior no joelho

Resumo (máximo 3000 caracteres com espaço)

Introdução: A dor anterior no joelho (DAJ), comum entre mulheres corredoras, tem prevalência de 13%, tem impacto funcional e contribui para a redução da prática esportiva. A associação dos músculos do core com lesões no joelho está comprovada em vários esportes, pois se sabe que a ativação desses músculos é precursora dos movimentos dos membros inferiores, que auxiliam na absorção e distribuição do impacto durante a corrida, permitem maior controle pélvico, tornam o esporte mais eficiente e diminuem o risco de lesão. Destaca-se que os músculos do core estão diretamente relacionados com melhor controle postural e menor esforço de manutenção da posição ereta, o que justifica sua avaliação em atletas corredoras. Objetivo: Analisar a dor, funcionalidade, controle postural e resistência do core em mulheres corredoras com DAJ e estabelecer as diferenças com corredoras assintomáticas. Ainda, estabelecer a confiabilidade de testes de avaliação do controle postural e resistência do core, ainda não demonstrados na literatura para mulheres corredoras. Métodos: Estudo transversal, aprovado pelo Comitê de Ética (N: 2.305.737), desenvolvido por avaliadores cegos e com aleatorização da sequência de realização dos testes. Avaliou-se 26 mulheres saudáveis, de 26 e 46 anos, praticantes de corrida de rua no mínimo três vezes por semana há mais de seis meses. Foram distribuídas em grupo DAJ (GDAJ) (n=14) e controle (GC) (n=12). Todas preencheram a Escala de Dor, Anterior Knee Pain Scale (AKPS), realizaram o Prone Bridge Test (PBT) e foram submetidas, aleatoriamente, à análise do controle postural nas posições ortostática unipodal e no teste de ponte unipodal realizados sobre plataforma de força. Resultados: O GDAJ estabeleceu maior dor (p<0,01), pior funcionalidade (p<0,01), pior controle postural no teste de ponte unipodal (centro de pressão (p=0,01), velocidade ântero-posterior (p=0,04) e médio-lateral (p=0,01), e menor velocidade de oscilação médio-lateral (p=0,01) em apoio ortostático unipodal. O Prone Bridge Test (PBT) e tempo de permanência na ponte unipodal não apontaram diferenças. Ainda, foi estabelecida excelente confiabilidade para os testes do controle postural em posição ortostática unipodal e no teste de ponte unipodal realizados sobre a plataforma de força. Conclusão: Mulheres corredoras com DAJ têm pior funcionalidade e pior controle postural no teste de ponte unipodal, que necessita de bom controle do tronco, pelve e membros inferiores para sua sustentação. Ainda, que as medidas do controle postural em posição ortostática e no teste de ponte unipodal em corredoras, não estabelecidas na literatura, têm excelente confiabilidade.

Palavras-chave (máximo 3)

Corrida, Músculos abdominais, Articulação do joelho

Área

Biomecânica

Autores

Gustavo de Oliveira Mianutti, Kathiane Klettinguer Bomtempo, Barbara Pasqualino Fachin, Fernanda Bortolo Pesenti Tofalini, Christiane de Souza Guerino Macedo