IX Congresso Brasileiro e VII Congresso Internacional da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva e da Atividade Física

Dados do Trabalho


Título

Correlação entre o volume de treinamento e prevalência de lesões em atletas de triatlo brasileiros.

Resumo (máximo 3000 caracteres com espaço)

Introdução: Uma prova de triatlo requer um treinamento longo e de alta intensidade, exigindo dos atletas treinos diários, por mais de 10 horas por semana, para uma única prova. Os volumes de treinamento para esses atletas são sempre mais altos, e podem causar fadiga e risco de lesão musculoesquelética, principalmente em atletas amadores, que possuem um risco maior de lesionarem por excesso de uso. Objetivo: Analisar a correlação entre o treinamento e incidência de lesões em atletas de triatlo brasileiros. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico transversal observacional, que seguiu as recomendações internacionais da Strengthening the Reportinf of Observational Studies in Epidemiology – Strobe Statemet. O estudo foi realizado pelo Laboratório de Análise Biomecânica, Reabilitação Esportiva e Musculoesquelética (LABREME) do Centro Universitário Tiradentes – Maceió/Alagoas, e aprovação pelo comitê de ética da referida instituição (CAAE: 02704218.6.0000.5641). Para calcular o tamanho amostral, foi utilizado o tamanho estimando da população de triatletas no Brasil, conforme informado pela CBTri, totalizando de 377 triatletas. Os atletas ambos os sexos, que participaram das competições nacionais de triatlo em todas as modalidades e categorias, foram convidados para participarem do estudo, mediante convite via e-mail e/ou durante as competições. O questionário da presente pesquisa foi criado buscando correlacionar às lesões em triatletas com o treinamento, com auxílio do questionário de Oslo Sports Trauma Research Centre Overuse Injury Questionnaire, desenvolvido e validado por Clarsen, Myklebust e Bahr (2015). A análise estatística foi conduzida com base no teste de correlação linear de Pearson (r), o coeficiente de determinância (R2) e Coeficiente de regressão logística, a um nível de significância de 5% e processado por meio do software JASP 9.2.0. Resultados: Foram convidados 381 atletas, dos quais, 368 foram efetivamente incluídos. A maior prevalência de lesões no triatlo ocorreu durante a corrida (n= 242; 73,1%), ciclismo (n= 45; 13.5%) e natação (n= 44; 13,2%), respectivamente. Assim como, essas lesões ocorreram na sua maioria durante os treinamentos (n= 204; 84,2%). Mais da metade dos atletas relataram que aumentam a intensidade e/ou volume de treinamento, e que esse foi um fator responsável pela ocorrência de lesão (n= 163; 75,1%). Esses achados demonstram correlação positiva entre aumento de intensidade e/ou volume do treinamento do ciclismo e das modalidades em geral (p< 0,001). A maioria dos atletas lesionados relataram sentir maior desgaste durante a corrida (n= 109; 68,1%). Entretanto, esse aspecto não se correlaciona como possíveis fatores responsáveis pela ocorrência da lesão (p= 0,424). Conclusão: Apesar dos atletas terem relatado que se sentirem mais desgastados durante a corrida e que o aumento da intensidade e/ou volume do treinamento tenha proporcionado mais leões, essas variáveis não se correlacionaram efetivamente.

Palavras-chave (máximo 3)

Triatlo, Lesão, Treinamento.

Área

Epidemiologia

Autores

David Leandro Cordeiro Souza, Bárbara Menezes Oliveira, Fernanda Francielly Maria Silva, Cintia Martins Torres, Caroline Menezes Pinto, Natanael Teixeira Alves Sousa