IX Congresso Brasileiro e VII Congresso Internacional da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva e da Atividade Física

Dados do Trabalho


Título

Efeito do treinamento sensório motor na funcionalidade, controle postural e atividade eletromiográfica de atletas com instabilidade crônica de tornozelo

Resumo (máximo 3000 caracteres com espaço)

Introdução: A entorse desenvolve instabilidade crônica do tornozelo (ICT), que melhora com treinamento sensório motor (TSM). Objetivo: Apontar o efeito do TSM na funcionalidade do tornozelo, controle postural e atividade eletromiográfica de atletas com e sem ICT. Metodologia: Ensaio clínico randomizado, aprovação ética (nº 2.771.026) e clinical trials (NCT03768583). O grupo ICT (GICT) foi composto por 14 atletas com ICT e pontuação inferior a 24 no Cumberland Ankle Instability Tool (CAIT), no grupo controle (GC) foram recrutados 13 atletas sem queixas no membro inferior, todos de 18 a 27 anos, de ambos os sexos e diferentes modalidades (futebol, rugby, vôlei, handebol e luta). Todos realizaram 3 séries de 30 segundos de agachamento/afundo, sobre a plataforma de força e com eletrodos para análise eletromiográfica posicionados, segundo SENIAN, nos músculos glúteo médio e máximo, gastrocnêmio lateral e medial, fibular longo e tibial anterior. O TSM foi realizado 2 vezes/semana, em 5 semanas, e sessão de 30 minutos composta por trotes, exercícios sobre bloco de espuma, bosu, cama elástica, disco proprioceptivo e solo, com posturas unipodais e agachamentos, olhos abertos e fechados. Ao término do TSM, os atletas foram reavaliados. A análise estatística comparou funcionalidade (CAIT), controle postural (área do centro de pressão, velocidade e amplitude anteroposterior e médio-lateral), e resposta eletromiográfica com valores normalizados pelo pico do RMS, intra e entre os grupos. Para a comparação entre os grupos foi estabelecida a diferença entre as avaliações pré e pós TSM. Aplicou-se os testes de Shapiro Wilk, t de Student independente e calculou-se o tamanho do efeito (d de Cohen). Resultados: Os grupos foram homogêneos em idade, peso, altura, IMC e horas de treino. O questionário CAIT estabeleceu inicialmente no GICT 14,64 pontos e no GC 28,46 (p<0,01); e após o TSM mostrou melhora significativa no GICT (CAIT pré=14,6 e pós=19,0; p=0,02). O controle postural evidenciou melhora após o TSM, com moderado efeito positivo para a oscilação do centro de pressão (d=0,5) e velocidade de oscilação anteroposterior (d=0,5) no GICT; porém sem diferença significativa para os dois grupos (p>0,05). A análise eletromiográfica não mostrou diferenças no recrutamento dos músculos no GICT, mas o musculo glúteo máximo aumentou seu recrutamento após o TSP, com efeito moderado (d=0,6). Para o GC o músculo gastrocnêmio medial diminuiu o recrutamento muscular após TSM (p<0,01), também com efeito moderado. A comparação da diferença pré/pós entre os grupos não apontou diferença para o controle postural e o músculo gastrocnêmio medial apresentou maiores valores no grupo controle (p<0,01). Conclusão: O TSM melhorou a funcionalidade do tornozelo, apresentou efeito moderado positivo para o controle postural e recrutamento do musculo glúteo máximo no GICT. Não foram encontradas diferenças no efeito do TSM entre os grupos, exceto no músculo gastrocnêmio medial no GC.

Palavras-chave (máximo 3)

Lesões do tornozelo; Equilíbrio postural; Ligamentos laterais do tornozelo.

Área

Tratamento

Autores

Barbara Pasqualino Fachin, Fernanda Nair Nicolau Policarpo, Laryssa Oliveira Silva, Leonardo de Marchi Lunardelli, Karoline Tiemy Ogasawara, Christiane de Souza Guerino Macedo