IX Congresso Brasileiro e VII Congresso Internacional da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva e da Atividade Física

Dados do Trabalho


Título

Síndrome do desfiladeiro torácico no voleibol: Estudo de caso

Resumo (máximo 3000 caracteres com espaço)

Introdução: A Síndrome do Desfiladeiro Torácico (SDT) é uma entidade com um quadro clínico diverso, decorrente de compressão anormal do plexo braquial (BRANCO; et al.; 2016). A compressão pode ser tratada de forma conservadora, para isso, a fisioterapia dispõe de técnicas e recursos capazes e intervir nos diagnósticos fisioterapêuticos (Urschel & Razzuk, 1998; Scola, et al.; 1999). Por se tratar de uma disfunção com prevalência limitada, complexa e de tratamento controversos (GONÇALVES; et al., 2018), torna-se importante relatar propostas de tratamento eficazes no meio esportivo. Objetivo: Relatar um estudo de caso de uma atleta amadora de voleibol com síndrome do desfiladeiro torácico bilateralmente. Métodos: Paciente do sexo feminino, 15 anos, atleta amadora de voleibol há 5 anos com frequência de treinamento de 5 vezes por semana. Foi avaliada e iniciado o tratamento no centro de reabilitação da fundação municipal de esportes de Balneário Camboriú, entretanto, após 4 sessões foi transferida para a clínica escola de fisioterapia no Centro Universitário Avantis – Uniavan continuando o tratamento com o mesmo acadêmico. Apresentou testes clínicos (Roos, Adson, Watson e Tínel) positivo bilateralmente, dor grau 8 segundo a escala visual analógica (EVA) com irradiação ao punho durante os gestos esportivos, na palpação foi identificado aderências miofasciais em flexores e extensores de punho e cotovelos e diminuição do grau de força 4 (segundo escala de Kendall) nos músculos manguito rotador e trapézio. Os objetivos do tratamento foram: diminuir o quadro álgico, diminuir aderências miofasciais e melhorar o grau de força muscular. Para isto, foram utilizados o Ultrassom (1MHz), Interferencial (2500 Hz), alternando com neuroestimulação elétrica transcutanea (TENS), Laserterapia em dose de 4J com freqüência continua, reorganização miofascial (RMF) e exercícios de fortalecimento isométricos em 4 series de 20 segundos para cada exercício e isotônicos concêntricos e excêntricos em 3 a 4 series de 12 a 15 repetições. Resultados: Ao total foram realizados 16 (fundação + clinica) sessões de fisioterapia que foram realizadas 2 vezes por semana com 50 minutos de duração cada. Na primeira semana, a paciente relatou diminuição do quadro álgico para 6, fato observado na segunda semana, a qual, o grau de dor diminuiu para 4 com e eliminação da queixa de irradiação. A paciente recebeu alta após 20 sessões, apresentando grau zero de dor e aumento do grau de força muscular para 5. Conclusão: Foi possível verificar a efetividade do tratamento fisioterapêutico através da associação da eletroterapia com a terapia manual (reorganização miofascial) na melhora do quadro álgico de uma atleta de voleibol com SDT, preservando a continuidade dos treinamentos sem afastá-la do esporte.

Palavras-chave (máximo 3)

Síndrome do Desfiladeiro Torácico. Plexo Braquial. Compressão Neurovascular.

Área

Tratamento

Autores

Cristiano Coelho de Souza, Luciana Belen Teixidor, Alonso Romero Fuentes Filho, Morgana Amanda Vequi, Sabrina Weiss Sties, Mayane dos Santos Amorim