Dados do Trabalho

Título

Correlação entre o treinamento e prevalência de lesões em atletas de basquete

Resumo (máximo 3000 caracteres com espaço)

Introdução: O basquete é uma modalidade esportiva que se caracteriza por gestos que necessitam de força, potência de deslocamento, velocidade e agilidade. Esses gestos podem demandar lesões inerentes ao esporte. A maior carga de trabalho nessa modalidade acontece nos membros inferiores provocando um alto índice de lesões. Essas lesões podem estar associadas ao excesso de treinamento, condicionado pela combinação entre a intensidade e o volume em que os movimentos são realizados. Objetivo: Investigar correlação entre o treinamento e prevalência de lesões em atletas de basquete de Alagoas. Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico transversal observacional, que seguiu as recomendações internacionais da Strengthening the Reportinf of Observational Studies in Epidemiology – Strobe Statemet. O estudo foi realizado pelo Laboratório de Análise Biomecânica, Reabilitação Esportiva e Musculoesquelética (LABREME) do Centro Universitário Tiradentes – Maceió/Alagoas, e aprovação pelo comitê de ética da referida instituição (CAAE: 06012918.90000.5641). Para calcular o tamanho amostral, tamanho estimado da população de atletas de basquete federados na Federação de Basquete de Alagoas, totalizando de 152 atletas. Os participantes foram convidados via e-mail e abordados antes do início das competições e treinos, de maneira individualizada. O questionário da presente pesquisa foi criado buscando contemplar todos os aspectos relacionados às lesões e o treinamento de jogados de basquete. A análise estatística foi conduzida com base no teste de correlação linear de Pearson (r), o coeficiente de determinância (R2) e Coeficiente de regressão logística, a um nível de significância de 5% e processado por meio do software JASP 9.2.0. Resultados: O presente estudo foi composto por uma amostra de 158 atletas de basquete, de ambos os sexos, com idade entre de 18 a 45 anos, subdivididos entre as categorias adultas e máster. Aproximadamente metade dos atletas (n= 75; 47,47%) tiveram alguma lesão musculoesquelética nos últimos 12 meses. Em relação ao momento que essas lesões ocorreram, podemos observar um equilíbrio entre somente durante a competição (n= 53; 38,6%) ou treinamento (n= 39; 28,4%), ou em ambas as ocasiões (n= 45; 32,8%). Podemos observar que mais de 53% (n= 74) dos casos em que ocorreram as lesões, as mesmas foram em decorrência do aumente de carga. Apresentando uma correlação entre o aumento de cargas e a prevalência de lesões no basquete, com uma razão de risco de 3,4 para 1 (p= 0,022). Entretanto, não podemos observar maior prevalência de lesões entre os atletas que relataram a ocorrência de lesões após o aumento do numero de jogos (n= 67; 49,2%). Ao estratificarmos os atletas por posição de jogo e prevalência de lesões ao longo da carreira, observamos que a posição não influencia na ocorrência de lesões (p= 0,65). Conclusão: O volume e/ou intensidade de treinamento repercutiram e maior prevalência de lesões, não se correlacionando com a posição de jogos.

Palavras-chave (máximo 3)

prevalência; lesão; basquete.

Área

Epidemiologia