IX Congresso Brasileiro e VII Congresso Internacional da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva e da Atividade Física

Dados do Trabalho


Título

O esporte como instrumento de inclusão para crianças com transtorno do espectro do autismo (TEA).

Resumo (máximo 3000 caracteres com espaço)

Introdução: O autismo é uma severa desordem da personalidade, que se manifesta na infância precoce por um desenvolvimento anormal de linguagem e das relações com os outros. Na Associação Americana de Psiquiatria (AAP) está classificado no subgrupo denominado “transtornos invasivos do desenvolvimento”. Falta de coordenação, atraso no desenvolvimento, hábito de caminhar na pontas dos pés, problemas de equilíbrio, escassa competência manual, movimentos estereotipados e significativa inaptidão para o aprendizado, são algumas das características de pessoas com transtorno do espectro autista (TEA), conforme afirma MIRANDA (2009). A importância do esporte é poder ajudar na funcionalidade independente para que exista uma maior integração, comunicação e socialização em ambientes, além de serem fatores para a melhoria da motivação e autoconfiança. Os movimentos podem resultar em três itens específicos: de processos cognitivos que ocorrem em centros cerebrais (córtex motor); da atividade reflexa em centros cerebrais inferiores; e reações automáticas no sistema nervoso central (GALLAHUE; OZMUN, 2005). Diante disso é possível relacionar os efeitos que o esporte proporciona com as necessidades do portador de autismo. Objetivo: Analisar e compreender por meio de revisão sistemática os efeitos da prática esportiva no comportamento cognitivo, coordenação motora, desenvolvimento da fala, diálogo, melhora da autoestima, independência de realizar algumas tarefas em crianças com TEA. Método: Foi realizado um levantamento nas bases eletrônicas Scielo (Scientific Electronic Library Online), PEDro (Physiotherapy Evidence Database), BASE (Bielefeld academic search engine) e Google Acadêmico, do período de 2014 a 2019, foram analisados 17 artigos, entretanto selecionados 8 estudos que preencheram os critérios de inclusão para este trabalho. Resultado: Observou-se que no início das práticas esportivas havia uma resistência da criança em relação a adequação e devido à quebra de rotina, algumas apresentavam atitudes agressivas, não havendo expressão de interesse e/ou afetividade. Ao decorrer dos dias de atividades e práticas lúdicas, as crianças se adaptavam ao ambiente e interagiam com os demais. Alguns artigos mostraram que os programas de caminhada e corrida tem sido os modos mais comuns de intervenção seguidos por atividades no meio aquático com duração de 8 a 36 semanas. Outros estudos apresentaram melhora não apenas na sua condição física, mas também sua autoestima, habilidade social e comportamento. Conclusão: Sugere-se o esporte como uma ferramenta fundamental para auxiliar o desenvolvimento da criança com TEA, mostrando resultado a médio e longo prazo e somado às outras intervenções (medicamentosas, psicanalíticas, fisioterápicas, entre outras), de forma correta e equilibrada pode agir para minimizar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do autista. Além disso, o incentivo da família é de suma importância para promover segurança e tranquilidade para as mesmas.

Palavras-chave (máximo 3)

Autismo; Atividade física; Inclusão

Área

Biomecânica

Autores

Bárbara Celia Araujo Ribeiro, Claysiane Elen Seabra Rosario, Camila Rodrigues Matos, Igor Tagore Santos Passos, Lorrana Stefane Dias Lima, Maria de Lourdes Duarte Fonseca