IX Congresso Brasileiro e VII Congresso Internacional da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva e da Atividade Física

Dados do Trabalho


Título

Análise da discinese escapular, resistência dos músculos de tronco, estabilização e potência do membro superior em jogadores de rúgbi

Resumo (máximo 3000 caracteres com espaço)

Introdução: Para o bom funcionamento dos ombros é importante que a escápula se movimente de maneira adequada, pois alterações na cinemática escapular, como por exemplo a discinese, pode ser um fator para o comprometimento da funcionalidade e desempenho do ombro. Objetivos: Correlacionar a discinese escapular com a resistência dos músculos do tronco, estabilidade e potência do membro superior. Métodos: Estudo transversal, com amostra composta por atletas de rúgbi, de ambos os gêneros, sem queixas álgicas. A pesquisa foi aprovada pelo comitê de ética da instituição (parecer nº 2.676.206). Inicialmente foram coletados os dados antropométricos e todos os participantes foram submetidos a filmagem dos movimentos da escápula para posteriormente serem alocados em dois grupos: sem alteração (CO) ou com discinese escapular (DIS). Para avaliação do movimento da escapula, os atletas executaram cinco repetições de abdução de ombro em plano escapular, com duração de seis segundos na subida e descida dos MMSS, e os homens realizaram o movimento com um halter de três quilogramas (kg) em cada mão, enquanto as mulheres fizeram com dois kg. Após a filmagem, os participantes foram submetidos aos testes funcionais de acordo com a randomização. Os testes aplicados foram o Upper Quarter Y Balance Test (YBT-UQ) para avaliar a estabilidade dos membros superiores (MMSS), o Seated Medicine Ball Throw (SMBT) para potência, o Closed Kinetic Chain Upper Extremity Stability Test (CKCUEST) para agilidade e o Prone Bridge Teste (PBT) para avaliação da resistência dos músculos do tronco. Resultados: Foram avaliados 25 atletas (n=13 mulheres e n=12 homens), dos quais 13 apresentaram discinese (n=8 mulheres e n=5 homens). Todos os participantes com discinese apresentaram esta alteração bilateral e desses, sete foram classificados como discinese óbvia. Foi encontrada diferença significativa (p<0,05) no teste YBT-UQ entre os grupos CO e DIS quando comparado o membro superior dominante, mostrando que quando o membro superior não dominante do CO estava no apoio, foi alcançada maior estabilidade (mediana 88,9 [82,5 – 95,6]) comparado ao MS não dominante do grupo com discinese (mediana 83,1[75,7 – 86,8])). Os valores do CKCUEST potência mostrou forte correlação com o SMBT, entre os grupos com e sem discinese (r=0,88) e entre as posições forward e atletas de linha (r=0,87), o que sugere que o CKCUEST pode ser um teste eficaz para avaliação da potência de MMSS nessa população. Os demais testes não apresentaram diferenças significativa entre os grupos CO e DIS, nem em relação as posições. Conclusão: Os atletas sem discinese apresentaram melhor estabilidade do membro superior não dominante. A discinese escapular não provocou alterações significativas na resistência muscular, potência e agilidade dos MMSS dos participantes, o que pode ser explicado pelo fato do rúgbi ser um jogo com características bilaterais.

Palavras-chave (máximo 3)

Ombro; rugbi; fisioterapia.

Área

Prevenção

Autores

Vanessa Batista da Costa Santos, Karina Lourenço Dias, Amanda Maximo Alvares, Christiane de Souza Guerino Macedo, Mariana Zingari Camargo