IX Congresso Brasileiro e VII Congresso Internacional da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva e da Atividade Física

Dados do Trabalho


Título

Prevalência de lesões musculoesqueléticas em atletas de triatlo brasileiro

Resumo (máximo 3000 caracteres com espaço)


Introdução: O triatlo se divide em três modalidades que consistem em: natação, ciclismo e corrida. Segundo a Confederação Brasileira de Triatlo - CBtri, no Brasil, a cerca de 25.000 praticantes de triatlo. Por se tratar de um esporte de alta intensidade, no triatlo há uma incidência maior de lesão musculoesquelética principalmente durante os treinamentos, causada por seu uso excessivo e movimentos repetitivos, gerando uma sobrecarga e micro traumas sobre as estruturas musculares e articulares, além do pouco tempo de recuperação muscular entre um treinamento e outro. Objetivo: Identificar a prevalência de lesões musculoesqueléticas em atletas de triatlo brasileiros, estratificando por tecidos lesionados e locais anatômicos. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico transversal observacional, que seguiu as recomendações internacionais da Strengthening the Reportinf of Observational Studies in Epidemiology – Strobe Statemet. O estudo foi realizado pelo Laboratório de Análise Biomecânica, Reabilitação Esportiva e Musculoesquelética (LABREME) do Centro Universitário Tiradentes – Maceió/Alagoas, e aprovação pelo comitê de ética da referida instituição (CAAE: 02704218.6.0000.5641). Para calcular o tamanho amostral, foi utilizado o tamanho estimando da população de triatletas no Brasil, conforme informado pela CBTri, totalizando de 377 triatletas. Os atletas ambos os sexos, que participaram das competições nacionais de triatlo em todas as modalidades e categorias, foram convidados para participaram do estudo, mediante convite via e-mail e/ou durante as competições. O questionário da presente pesquisa foi criado buscando contemplar todos os aspectos relacionados às lesões em triatletas, desenvolvido a partir do questionário criado por Schorn et al. (2018). A análise estatística foi conduzida com base no teste de correlação linear de Pearson (r), o coeficiente de determinância (R2) e Coeficiente de regressão logística, a um nível de significância de 5% e processado por meio do software JASP 9.2.0. Resultados: Foram convidados 381 atletas, dos quais, 368 foram efetivamente incluídos. O maior número de lesões ocorreu nos tecidos musculares (n= 89; 41,7%), tendíneos (n= 48; 38,7%), articulares (n= 37; 29,8%), ósseas (n= 21; 16,9%) e ligamentares (n= 15; 12%), respectivamente. A maior prevalência de lesões, musculares na coxa e na perna (n= 14; 70%), tendíneas no ombro em decorrência da natação (n= 5; 45,4%). No ciclismo ocorreram mais lesões musculares na coxa (n= 6; 30%), articulares no ombro e joelho (n= 6; 50%). Assim como na corrida, lesões na musculatura da coxa e da perna (n= 55; 61,1%), articulares no joelho (n= 15; 53,5%) e tendíneas no tornozelo (n= 9; 21,9%). Conclusão: As lesões mais prevalentes no triatlo ocorreram na musculatura da coxa e da perna, nas articulações do joelho e tendões do tornozelo durante a corrida, nas articulações do ombro e joelho no ciclismo e nos tendões do ombro em decorrência da natação.


Palavras-chave (máximo 3)

Prevalência, Lesões, Triátlon.

Área

Epidemiologia

Autores

Eliziane Oliveira da Silva, Alessandro Muniz Gila, Wesley Leandro Silva Correia, Mariana Alves Bezerra, André Felipe Afonso Ferreira Brandão, Natanael Teixeira Alves de Sousa