IX Congresso Brasileiro e VII Congresso Internacional da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva e da Atividade Física

Dados do Trabalho


Título

Teste de Descida Degrau Lateral: correlação da avaliação visual com avaliação cinemática 3D, dados de flexibilidade e força isométrica do membro inferior

Resumo (máximo 3000 caracteres com espaço)

Introdução: Padrões anormais de movimento durante atividades em cadeia cinética fechada parecem contribuir para disfunções no joelho. O Teste de Descida de Degrau Lateral (TDL) é um teste clínico popular para avaliações da qualidade do movimento. Porém, pouco se sabe a respeito da correlação entre a avaliação clínica do TDL, com avaliações mais sofisticadas, como a avaliação cinemática tridimensional (3D). Acredita-se que déficits de força e flexibilidade no membro inferior sejam fatores causadores de padrões anormais de movimento em tarefas funcionais. Porém, a relação entre esses fatores e padrões anormais de movimento no TDL ainda não está bem esclarecida. Objetivo: Verificar se existe correlação entre a avaliação visual (qualidade do movimento) e a avaliação cinemática 3D durante o TDL, assim como entre os resultados do TDL e dados de força e amplitude de movimento do membro inferior. Métodos: Trinta e quatro mulheres sadias (23,1±3,5 anos e 23,0±4,2 kg/m² de índice de massa corporal) foram avaliadas durante o TDL de forma visual e por meio de avaliação cinemática 3D. Amplitudes de movimento de dorsiflexão do tornozelo e de rotação interna do quadril foram avaliadas utilizando-se o teste do avanço e o teste de rigidez passiva do quadril, respectivamente. A força isométrica de extensão, abdução e rotação externa de quadril e extensão de joelho foi avaliada utilizando-se um dinamômetro manual. Para a análise estatística, foram utilizados os testes de correlação de Pearson ou Spearman, sendo considerado um nível de significância de 5%. Resultados: Houve uma associação significativa entre a qualidade de movimento durante o TDL e o pico de adução (r=0,42; P=0,01) e flexão de quadril (r=0,51; P<0,01), assim como com o pico de queda pélvica (r=-0,39; P=0,02) observados na avaliação 3D. Houve uma tendência a significância em termos de correlação entre a qualidade de movimento durante o TDL e amplitude de dorsiflexão do tornozelo (r=-0,33; P=0,06) e força de abdução do quadril (r=-0,30; P=0,09). Observou-se associação entre a amplitude de dorsiflexão do tornozelo e o pico de adução de quadril (r=-0,34; P=0,05) e abdução do joelho (r=-0,37; P=0,03) da avaliação 3D. Com relação às variáveis de força, observou-se que a força de extensores de quadril teve associação com o pico de rotação medial de joelho (r=0,37; P=0,03) e a força de extensores de joelho teve associação com o pico de flexão de quadril (r=-0,44; P<0,01) durante o TDL. Por fim, observou-se associação entre a rigidez passiva do quadril e o pico de rotação interna do quadril durante o TDL (r=-0,43; P=0,01). Conclusão: Existe correlação entre a qualidade de movimento na avaliação visual do TDL e queda pélvica, adução e flexão do quadril em mulheres jovens. Variáveis clínicas como a amplitude de dorsiflexão do tornozelo, rigidez do quadril, força de quadríceps e extensores e abdutores de quadril parecem ter relação com maiores picos de movimento e/ou pior qualidade de movimento durante o TDL.

Palavras-chave (máximo 3)

cinemática, joelho, reabilitação

Área

Biomecânica

Autores

Rômulo Lemos e Silva, Rodrigo Ribeiro de Oliveira, Dean Felipe Maciel Maia, Rodrigo Scattone da Silva