Dados do Trabalho

Título

Efeitos do exercício físico na capacidade funcional e qualidade de vida de paciente com doença de Parkinson: um relato de caso

Resumo (máximo 3000 caracteres com espaço)

Introdução: Dentre as manifestações clínicas da Doença de Parkinson (DP), as disfunções na marcha e no equilíbrio contribuem significativamente para o aumento da incapacidade e redução da qualidade de vida. A atuação da fisioterapia nas manifestações clínicas motoras da DP visa manter a mobilidade e diminuir a rigidez, com melhora do controle postural. Dentre os recursos que podem ser utilizados o exercício físico apresenta papel de destaque, pois pode induzir mudanças neuroquímicas e neuroplásticas no sistema nervoso central, influenciando positivamente nos aspectos motores e não motores da DP. Objetivo: Verificar os efeitos do exercício físico sobre a capacidade funcional e qualidade de vida de paciente com DP. Métodos: Relato de caso desenvolvido a partir de um projeto de pesquisa no Laboratório de Estudos em Reabilitação Funcional (LAERF) da Universidade Federal do Pará (UFPA), após a aprovação pelo Comitê de Ética e pesquisa (parecer nº 3.329.822) e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Paciente M.A.A.M., 78 anos, sexo feminino, com diagnóstico de DP, apresenta tremores, bradicinesia e redução de força muscular, com queixas para realizar atividades. Foram realizadas 20 sessões (45min/2x/sem). As avaliações foram realizadas antes da intervenção (AV1), após 10 (AV2) e 20 sessões (AV3), sendo compostas por anamnese, escala de Hoehn & Yahr modificada; Questionário de Qualidade de Vida para Doença de Parkinson (PDQ-39); escala POMA e teste “Timed Up and Go” (TUG). O protocolo fisioterapêutico foi composto por exercício aeróbico, com duração de 10 minutos, seguindo um padrão de 20 segundos de execução e 10 segundos de repouso, utilizando como recurso a bicicleta ergométrica e marcha estática. Os exercícios de fortalecimento muscular foram realizados em duas partes: agachamento com bola suíça associados a diagonal de membros superiores com faixa elástica e “subir e descer” do step associado à elevação de membros superiores com o bastão. O exercício funcional tinha como finalidade o fortalecimento de músculos responsáveis pela preensão palmar. A complexidade do exercício era alterada de acordo com a acomodação da paciente as cargas e séries propostas. Resultados: Houve manutenção do grau de estadiamento da DP no estágio 1, de acordo com a escala Hoehn & Yahr. No TUG, houve uma redução no tempo de execução da tarefa (AV1= 13”; AV2= 10”; AV3= 10”). No PDQ-39 houve redução de 10,96 pontos no escore total (AV1= 27,56; AV2= 23,07; AV3= 16,6). A escala POMA demonstrou melhora de 7 pontos no equilíbrio (AV1= 32; AV2= 39; AV3= 39) e 2 pontos na marcha (AV1= 15; AV2=18; AV3=17). Conclusão: O protocolo fisioterapêutico foi efetivo para a melhora do equilíbrio, mobilidade e qualidade de vida da paciente, evidenciando o exercício físico como uma medida eficaz para a melhora da capacidade funcional e qualidade de vida de pacientes com DP.

Palavras-chave (máximo 3)

Palavras chaves: Exercício físico. Fisioterapia. Parkinson.

Área

Tratamento