IX Congresso Brasileiro e VII Congresso Internacional da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva e da Atividade Física

Dados do Trabalho


Título

Perfil dos clubes brasileiros de rugby: profissionais, lesões, estratégias preventivas e recovery.

Resumo (máximo 3000 caracteres com espaço)

Introdução: O rugby é um esporte com grande número de lesões, que evidenciam a importância de estratégias de prevenção e recovery. Objetivo: Identificar os profissionais, lesões e métodos de prevenção e recovery em clubes brasileiros de rugby. Métodos: Estudo qualitativo, aprovado por comitê de ética. Entrevistou-se todos os clubes das Federações Estaduais e Ligas Norte/Nordeste de rugby (n=124), que responderam uma entrevista online sobre: caracterização dos profissionais, lesões, treinamento preventivo(TP) e recovery. Resultados: A adesão foi de 100% das equipes. Em 89% realizou-se ações preventivas estruturadas por profissionais de Educação Física/Esportes (44%), fisioterapeutas (2,4%), profissionais de Educação Física/Esportes + Fisioterapeutas (27%), e 16% outros. Citou-se como lesões frequentes as articulares/ligamentares (50%), músculo-tendíneas (43%) e outras (7%). O tackle foi mais relacionado a lesões em 81,5% das equipes, seguido do ruck(10,5%), scrum(7,3%) e maul (0,8%). As principais causas de lesões foram gestos técnicos deficitários (45%), contato (24%), fadiga (18%), e outros (13%).Os fatores de risco de lesão foram avaliados em 59% das equipes, que realizavam uma ou mais formas de avaliação:testes funcionais validados (32%), questionários de autoria própria (23%), testes funcionais de autoria própria (21%), questionários validados (19%) e testes isocinéticos (2,4%). Programas de TP estavam em 82% das equipes, de duas a três vezes por semana(43%) e uma vez por semana (31%). As condutas do TP foram: força e resistência muscular (84%), CORE training (79%), equilíbrio/propriocepção(64%), resistência cardiovascular (59%), coordenativos/educativos de corrida (58%) e velocidade (51%). Em 23% das equipes, o atleta não era avaliado.Em mais de 60%o preparador físico (PF) realizou avaliação física, elaboração e execução do TP; o técnico foi o único atuante em 14% e o fisioterapeuta em 14,5%.Em algumas equipes mais de um profissional realizava a prevenção. As estratégias de recovery ocorriam em 76% das equipes,e o fisioterapeuta atuou em 7%. Em torno de 70% utilizavam ao menos uma estratégia de recovery pós jogos e treinos: alongamento (81%), exercícios de baixa intensidade (59%), modalidades de crioterapia (25% após treinos e 41% após jogos) e outros (21%). Para o tempo de recuperação após o treino, o próximo estímulo foi entre 24 a 48 horas(68% das equipes), até 24 horas (15%), mais de 72 horas (9%) e entre 48 e 72 horas (8%). O intervalo entre um jogo e o próximo estímulo foi entre 36 a 48 horas (29% das equipes), mais de 72 horas (25%), 24 a 36 horas (24%), 48 a 72 horas (19%) e até 24 horas (3%). Conclusão: As lesões articulares foram mais frequentes, o tackle foi o evento de contato mais lesivo e a maioria das equipes avalia os fatores de risco. O treinamento preventivo e o recovery são realizados na maioria das equipes, com estratégias diversas. Ainda, o fisioterapeuta atua pouco nos programas preventivos e de recovery.

Palavras-chave (máximo 3)

Rugby, Treinamento preventivo, Recovery.

Área

Epidemiologia

Autores

Thais Regina Lacerda Heckler, Gustavo de Oliveira Mianutti, Vanessa Batista da Costa Santos, Fernando Cassiolato de Freitas, Christiane de Souza Guerino Macedo