IX Congresso Brasileiro e VII Congresso Internacional da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva e da Atividade Física

Dados do Trabalho


Título

Prevalência de discinese escapular em atletas arremessadores e não arremessadores

Resumo (máximo 3000 caracteres com espaço)

Introdução: Atletas arremessadores podem apresentar ao longo de suas carreiras lesões por sobrecarga nos membros superiores, principalmente no ombro dominante, devido à alta demanda do gesto esportivo.Essa alta demanda também pode ocasionar uma disfunção denominada de discinese escapular que é referente à presença de alterações dos movimentos escapulares durante o movimento de elevação do braço, ou no retorno deste. A discinese escapular é listada por vários autores como um dos fatores relacionados à incidência de lesões no ombro, ou até mesmo no desenvolvimento de dor, gerando afastamento ou diminuição do desempenho esportivo. A literatura é escassa quando se procura a prevalência de discinese em atletas competitivos, mostrando que à necessidade de avaliar o ritmo escapuloumeral nestas populações. Além disso, poucos estudos correlacionam seus achados com lateralidade, dominância de membro superior, e o sexo e a idade, não são especificados, ou seja, os grupos comparados são bastante heterogêneos. Objetivo: Investigar a prevalência de discinese escapular em atletas arremessadores e não arremessadores, do sexo masculino, de categorias de base, de caráter competitivo, e verificá-la acerca da categoria, lateralidade e presença de dor. Métodos: Trata-se de um estudo transversal observacional, coletado em 2 centros de esportes, com atletas de voleibol e futebol do sexo masculino, das categorias antecedentes à profissional, que estavam em treinamento regular, sem restrição de volume de treinamento, que não realizavam tratamento fisioterapêutico para os membros superiores, e sem histórico de cirurgia na articulação do ombro. A avaliação foi realizada em dois momentos: primeiro os atletas avaliados responderam uma ficha de avaliação contendo dados demográficos, dominância, modalidade esportiva, histórico de lesões musculoesqueléticas e presença de dor. Em seguida, foi realizada a avaliação da discinese escapular, a partir do teste “sim ou não”, o qual consiste em definir a partir da observação da escápula durante a elevação do braço, se há presença ou ausência de alterações do ritmo escapular. Resultados: A amostra foi composta por 245 atletas, divididos em arremessadores(n=114) e não arremessadores(n=111).90,34% e 82,88% dos atletas arremessadores e não arremessadores apresentaram discinese escapular respectivamente, em sua maioria, bilateralmente (66,67%nos arremessadores e 71,74% nos não arremessadores. Entre as categorias, a prevalência de discinese escapular variou de 84,00% a 100,00% nos arremessadores, sendo a categoria sub 13 apresentando a maior prevalência, 63,16 a 90,00% dos não arremessadores apresentaram discinese escapular, sendo a categoria sub 15 com a maior prevalência. Somente 11 e 12% dos atletas, arremessadores e não arremessadores, respectivamente, relataram dor no ombro. Conclusão: Cerca de 90% dos atletas arremessadores e 83% dos não arremessadores apresentaram discinese escapular, na maioria deles em ambos os lados.

Palavras-chave (máximo 3)

Escápula, Atletas e Prevalência.

Área

Epidemiologia

Autores

Renato Rozenblit Soliaman, Eduardo Henrique Pereira Rodrigues, Anderson José Santana Oliveira, Gabriel Augusto Pedrão, Paulo Santoro Belangero, Benno Ejnisman