IX Congresso Brasileiro e VII Congresso Internacional da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva e da Atividade Física

Dados do Trabalho


Título

Avaliação biomecânica dos atletas profissionais da Copa UniCEUB Born to Fight de Submission e Jiu-Jitsu

Resumo (máximo 3000 caracteres com espaço)

Introdução: O Jiu-Jitsu chegou ao Brasil por volta de 1917, quando Carlos Gracie se interessou pela luta apresentada pelo Conde Moeda Koma. Desde então a luta começou a ser adaptada e desenvolvida com suas técnicas de solo. Por ser um esporte de contato direto, ocorrem muitas lesões por traumas diretos e indiretos. Sendo as mais comuns em joelhos, ombros e cotovelos. Avaliações biomecânicas podem determinar o risco de lesões durante treinos e competições para os atletas. Objetivo: Avaliar o perfil biomecânico de lutadores profissionais de Jiu-Jitsu no que diz respeito à força muscular e controle neuromuscular do CORE, flexibilidade global, e capacidade sensório-motora dos membros superiores e inferiores. Métodos: 10 atletas foram avaliados para o estudo e passaram por uma bateria de avaliações que incluía os seguintes testes: (1)Teste de flexibilidade da cadeia posterior, com o Banco de Wells; (2) Teste de estabilização neuromuscular do tronco (pranchas frontal e laterais); (3) Y Balance Test para avaliação sensório-motora dos membros inferiores; (4) ADM passiva de dorsiflexão de tornozelo, rotação interna do quadril, rotação interna e externa de ombro; (5) Single Leg Hop Test, para avaliação da estabilidade dinâmica dos membros inferiores; (6)0 Teste CKCUES, para avaliação da funcionalidade dos membros superiores em cadeia cinética fechada. Resultados: Oito entre os dez atletas afirmaram ser orientados sobre prevenção de lesões por algum profissional da saúde. Apenas dois não apresentaram lesões pregressas. Oito atletas apresentaram dores atuais e, desses, apenas quatro haviam recebido o diagnóstico da lesão. Quatro atletas foram acompanhados por algum profissional para o tratamento da lesão. A média da amplitude de movimento de dorsiflexão de tornozelo direito foi de 30,05º e
do tornozelo esquerdo 28,6º. A média para a rotação interna de quadril direito foi de 29,8º e esquerdo de 34,6º. Rotação interna de ombro direito 43,4º e esquerdo de 43,8º. Rotação externa de ombro direito 41,3º e esquerdo 42,5º. Os resultados para a avaliação com o Banco de Wells obtiveram média de 33,75 cm. O Single leg hop test para o membro inferior direito apresentou média de 119,4 cm e para o membro inferior esquerdo 113,73 cm. A Prancha frontal obteve média de 9 minutos. Prancha lateral direita com média de 1 minuto e lateral esquerda com média de 37 segundos. A média do CKCUES foi de 23,375 com média de pontuação normalizada de 0,1275 e a média de pontuação de força de 87,5012. Conclusão: A maior parte dos atletas mesmo com orientação quanto à prevenção ainda sofreram lesões e sentem dores atualmente, é possível perceber que a procura para fechar o diagnóstico da lesão para ter um acompanhamento continuado não está sendo feito. De acordo com a comparação entre os resultados dos testes e os valores normais descritos na literatura para cada avaliação, os atletas não estavam físico e funcionalmente preparados para a competição.

Palavras-chave (máximo 3)

Traumatismos em Atletas, Desempenho físico funcional, Medicina Esportiva

Área

Biomecânica

Autores

Pedro Nunes Silva, Letícia Ruiz Souza, Marcio Oiveira, Keila Sâmera, Fabrício Reichert Barin, Marcos Vinicius da Silva Boitrago