Dados do Trabalho

Título

ÍNDICE DE SIMETRIA ENTRE OS MEMBROS (ISM) E SUA RELAÇÃO COM O TEMPO APÓS RECONSTRUÇÃO DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR (R-LCA)

Resumo (máximo 3000 caracteres com espaço)

INTRODUÇÃO: A lesão do ligamento cruzado anterior (LCA) destaca-se como umas das condições de joelho mais graves. Considerando a estratégia não conservadora na reconstrução do LCA (R-LCA), o índice de simetria entre os membros (ISM) trata-se de um importante preditor para se estabelecer o critério de alta durante o tratamento pós-operatório (PO). Além disso, o tempo é outro preditor relevante para o sucesso da reabilitação, evidências apontam que o retorno ao esporte antes dos 9 meses aumentam os riscos de uma uma nova lesão do LCA. Em contrapartida outros achados na literatura demonstram que é possível encontrar déficits de membro inferior em indivíduos submetidos a R-LCA após 2 anos de PO. OBJETIVO: Verificar a correlação entre o ISM e o tempo após R-LCA. METODOLOGIA: Trata-se de estudo transversal formado por 272 indivíduos submetidos a cirurgia de R-LCA com no mínimo 6 meses, sendo excluídas lesões como fratura e pós-operatório inferior a 6 meses. Os pacientes foram avaliados pelo dinamômetro isocinético Biodex System 4® (Protocolo Concêntrico/ Concêntrico; 60°/ s; 5 repetições) sendo analisados os elementos de medidas de tendência central (média) e de dispersão (desvio padrão) a partir dos dados coletados. O ISM foi calculado por meio da seguinte fórmula [(Membro lesionado/membro não lesionado)*100]-100. O tempo de pós-operatório foi categorizado nos seguintes aspectos: 6-7 meses; 8-9 meses; 10-11 meses; 12-18 meses; 19-24 meses e 2 anos ou mais e suas médias comparadas com ANOVA-one way e com Post-hoc de Bonferroni. O ISM (flexão e extensão) e o tempo de PO total foram correlacionados com o teste de Pearson. RESULTADO: O presente estudo demonstrou que houve correlação negativa significativa entre ISM de extensão e tempo de PO (- 0,20 p=0,001). Acerca da análise das médias de tempo categorizadas foi observado uma diferença estatística [F(5,28)=4,964; p<0,05] entre o ISM de extensão nos períodos de 6-7 meses e 2 anos ou mais, demonstrando que o tempo é relevante na redução do déficit de extensão durante o processo de reabilitação. CONCLUSÃO: O ISM não deve ser considerado de forma isolada como critério de alta após R-LCA, tendo em vista que variáveis como força, performance e amplitude de movimento podem repercutir no retorno ao esporte a nível pré-lesão de LCA, consequentemente afetando o próprio tempo de reabilitação.

Palavras-chave (máximo 3)

Ligamento cruzado anterior, Força muscular, Dinamômetro Isocinético.

Área

Biomecânica