IX Congresso Brasileiro e VII Congresso Internacional da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva e da Atividade Física

Dados do Trabalho


Título

Efeito da força muscular isométrica de membros inferiores no desempenho funcional de idosos da comunidade

Resumo (máximo 3000 caracteres com espaço)

Introdução: o desempenho funcional é a habilidade que a pessoa possui em cuidar de si mesmo e de viver de forma independente. Com o envelhecimento a força muscular diminui, o que faz com que as atividades de vida diária, como sentar e levantar de uma cadeira, sejam afetadas. Objetivo: verificar a relação entre força muscular isométrica de quadril e joelho com testes funcionais em idosos comunitários. Métodos: trata-se de um estudo transversal analítico, realizado na Clínica Escola Vida da Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Os instrumentos utilizados foram o Sistema de Biofeedback para a Prática de Exercícios Resistidos com Sobrecarga Elástica (E-lastic®), que possibilita mensurar a força muscular isométrica máxima em Kg, o Teste de Sentar e Levantar em 30 segundos (TSL), é um teste clínico de avaliação funcional que avalia a força e a resistência de membros inferiores (MMII), o Timed Up and Go (TUG), que avalia a mobilidade em adultos mais velhos e o Teste de Step alternado para avaliar o equilíbrio dinâmico. A amostra foi composta por 52 idosos. Os critérios de inclusão foram: ter idade de 60 anos ou mais, apresentar aptidão cognitiva de acordo com o Mini-exame do Estado Mental, marcha independente e não apresentar doenças neurológicas. O critério de exclusão foi: não comparecer a todas as etapas de avaliação. A análise estatística foi realizada no programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS, versão 20.0), utilizou-se o teste de Kolmogorov-Smirnov para determinar a normalidade dos dados e o teste de Correlação de Spearman. Considerou-se nível de significância de p≤0,05. Resultados: No teste de normalidade foi observado que somente as variáveis força isométrica de extensores de quadril e TSL apresentaram distribuição normal. A média de idade foi de 67,42 (±6,29) anos, 76,9% mulheres e 23,1% homens, enquanto que o IMC foi de 29,12 (±5,48) Kg/m², predominaram as pessoas casadas com 46,2%. Foi possível observar as seguintes correlações: força muscular isométrica de abdutores de quadril com TSL (p= 0,001; r= 0,46), TUG (p=0,00; r= - 0,50) e STEP (p=0,003; r= -0,49); extensores de quadril com TSL (p= 0,001; r= 0,44), TUG (p= 0,00; r= -0,48) e STEP (p=0,001; r= -0,46); flexores de quadril com TSL (p=0,020; r= 0,32), TUG (p= 0,00; r= -0,52) e STEP (p= 0,00; r= -0,53); extensores de joelho com TSL (p= 0,009; r= 0,36), TUG (p= 0,00; r= -0,50) e STEP (p= 0,00; r= -0,47); flexores de joelho com TSL (p= 0,00; r= 0,49), TUG (p= 0,00; r= -0,53) e STEP (p= 0,00; r= -0,49). Conclusão: a força muscular isométrica de quadril e joelho avaliada por um dinamômetro portátil apresentou uma correlação moderada com todos os testes funcionais, contudo a relação de maior magnitude de força foi com o TUG, exceto para força isométrica de flexores de quadril que apresentou uma maior relação com teste do Step Alternado.

Palavras-chave (máximo 3)

Idoso; Funcionalidade; Força Muscular.

Área

Epidemiologia

Autores

Nathálya Pereira Portugal, Mariana Novais dos Reis, Mônica Batista Duarte Caetano, Adriana Marcia Monteiro Fantinati, Elizabeth Rodrigues de Morais, Patrícia Azevedo Garcia