IX Congresso Brasileiro e VII Congresso Internacional da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva e da Atividade Física

Dados do Trabalho


Título

Sintomas osteomusculares referidos por atletas universitários de futsal

Resumo (máximo 3000 caracteres com espaço)

Introdução: No cenário internacional o futsal se destaca como uma das modalidades em maior ascensão, e enquanto desporto universitário também apresenta importante notoriedade. Os aspectos epidemiológicos da dor musculoesquelética relacionada à prática esportiva têm sido objeto de investigação científica constante. Objetivo: Identificar as regiões corporais que apresentam maior frequência de sintomatologias osteomusculares em atletas universitários de futsal nos últimos doze meses. Métodos: Estudo transversal de caráter quantitativo, realizado entre fevereiro e maio de 2019, no qual 29 atletas de futsal do programa esportivo de um centro universitário responderam 2 instrumentos avaliativos, um formulário contendo características antropométricas e de treinamento, e o questionário nórdico de sintomas osteomusculares (QNSO), que possui uma figura humana dividida em nove regiões anatômicas (pescoço/região cervical, ombros, braço, cotovelo, antebraço, punho/mãos/dedos, região dorsal, região lombar e quadril/membros inferiores), onde os escores para quantificar os sintomas álgicos (SA) nos últimos doze meses variam entre zero (ausência de SA), um (raramente tem SA), dois (SA com frequência) e três pontos (sempre apresenta SA). Foram excluídos atletas com sintomatologias osteomusculares não relacionadas a prática esportiva e os que não preencheram os instrumentos corretamente. Para o tratamento estatístico foi realizado análise de frequência e estatística descritiva (média e desvio padrão) através do software Statistical Package for the Social Science (SPSS) versão 24.0. Aprovação do comitê de ética e pesquisa (parecer n° 3.296.094). Resultados: Os indivíduos apresentaram idade média de 23 anos (± 4,49), peso de 74,89 kg (± 11,53), altura de 1,72 m (± 0,06) e índice de massa corporal de 25,25 kg/m2 (± 3,01). 86,2% (n=25) são do sexo masculino e a amostra possui nível médio de dor 4 (± 2,14) pela escala visual analógica. A maioria dos atletas apresentaram mais de 8 anos de prática esportiva 65,5% (n=19), treinam em média 2 horas diárias 72,4% (n=21), com frequência de 3 dias por semana 37,9% (n=11). Quanto ao QNSO, as principais regiões anatômicas acometidas por dor/desconforto ou dormência na categoria raramente, foram a região lombar (39,3%), dorsal e quadril/membros inferiores (42,9% para ambos). Na categoria com frequência, houve destaque para punho/mãos e dedos (25%), região lombar e pescoço/região cervical (14,3% para ambos). Já na categoria sempre, as maiores porcentagens foram para quadril/membros inferiores (14,3%) e região lombar (14,3%). Conclusão: As regiões corporais com maior frequência (categoria sempre) de sintomas osteomusculares referidos por atletas universitários de futsal nos últimos doze meses, foram quadril/membros inferiores e região lombar (14,3% para ambos). Clínicos devem estar atentos a localização da sintomatologia álgica pois é um importante componente de avaliação para auxiliar no diagnóstico e guiar a tomada de decisão.

Palavras-chave (máximo 3)

Futebol, dor musculoesquelética, Atletas.

Área

Epidemiologia

Autores

Arnaldo Fernandes Peixoto, Antonio Alan Brandão Ferreira, Daniel Nogueira Barreto Melo, Marcela Nicácio Medeiros Oliveira