IX Congresso Brasileiro e VII Congresso Internacional da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva e da Atividade Física

Dados do Trabalho


Título

Fatores de interferência para adesão à fisioterapia em atletas universitários de voleibol

Resumo (máximo 3000 caracteres com espaço)

Introdução: A Fisioterapia exerce importante papel no esporte, seja ele amador ou profissional, para minimizar riscos de lesões e recidivas, tratamento das mesmas, e retornar o atleta com segurança e em um menor período de tempo ao esporte dentro dos limites fisiológicos e clínicos pós-lesão. Apesar das evidências sobre os benefícios proporcionados pela assistência fisioterapêutica no esporte universitário para prevenção e reabilitação de lesões, nem todos os atletas aderem a esse acompanhamento pelo Fisioterapeuta. Objetivo: Investigar os fatores que interferem para adesão à Fisioterapia em atletas universitários de voleibol. Métodos: Estudo transversal, de abordagem quantitativa, conduzido em um centro universitário localizado em Fortaleza - CE, entre fevereiro e maio de 2019. Vinte e sete atletas universitários de voleibol vinculados ao programa esportivo da instituição, responderam um questionário autorreportado desenvolvido pelos pesquisadores que abordou características antropométricas e de treinamento, questões sobre assistência à saúde relacionada ao esporte e fatores de adesão à Fisioterapia. Foram excluídos atletas que desistiram da pesquisa durante a avaliação e que não preencheram o instrumento adequadamente. Para análise dos dados utilizou-se o software Statistical Package for the Social Science (SPSS) versão 24.0 sendo realizado média e desvio padrão para a estatística descritiva e análise de frequência. Este estudo foi aprovado pelo comitê de ética e pesquisa (parecer nº 3.296.094). Resultados: Foram respondidos um total de 27 questionários (15 por mulheres e 12 por homens). Os indivíduos apresentaram idade média de 24 anos (± 5,90), e mais de 8 anos de prática esportiva em sua maioria (40,7% | n=11). 18,5% (n=5) da amostra são acompanhados por profissional de saúde (Médico, Educador Físico ou Fisioterapeuta), apenas 3,7% (n=1) realiza Fisioterapia preventiva, e somente 18,5% (n=5), realizam intervenção fisioterapêutica após lesão esportiva. Apenas 37% (n=10) dos atletas realizam fortalecimento muscular na academia. Os fatores de maior interferência para a adesão à Fisioterapia relatados pelos participantes foram respectivamente, a falta de recursos financeiros (70,4% | n=19), ausência de tempo (59,3% | n=16), ausência de um local acessível (40,7% | n=11) e falta de orientação para procurar o serviço (7,3% | n=2). Conclusão: Atletas universitários de voleibol de um centro universitário expressam baixo índice de adesão em programas fisioterapêuticos preventivos (3,7%) e de reabilitação (18,5%), sendo a falta de recursos financeiros (70,4%) o principal fator de interferência para adesão a esses programas. O desenvolvimento de projetos de extensão no âmbito acadêmico são importantes estratégias para fornecer assistência à saúde dos atletas universitários sem custos para os mesmos.

Palavras-chave (máximo 3)

Fisioterapia, Medicina esportiva, Voleibol.

Área

Epidemiologia

Autores

Arnaldo Fernandes Peixoto, Antonio Alan Brandão Ferreira, Adriana de Almeida Bessa Escóssio, Daniel Nogueira Barreto Melo, Marcela Nicácio Medeiros Oliveira