IX Congresso Brasileiro e VII Congresso Internacional da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva e da Atividade Física

Dados do Trabalho


Título

O uso de órteses estabilizadoras de tornozelo não afeta o desempenho funcional de atletas com Instabilidade Crônica de Tornozelo

Resumo (máximo 3000 caracteres com espaço)

Introdução: Órteses de tornozelo são prescritas para a estabilização articular durante a prática esportiva de atletas com instabilidade crônica de tornozelo (ICT). Entretanto, não há consenso sobre a influência do uso desta órtese na performance funcional de atletas com ICT. Objetivo: Verificar a influência da órtese de tornozelo no equilíbrio, agilidade, coordenação e distância do salto, avaliados por meio de teste funcionais, de atletas com ICT. Métodos: Este é um estudo transversal, com amostra de 23 atletas de variadas modalidades esportivas, que tiveram pelo menos um episódio de entorse no último ano, com episódios de instabilidade de tornozelo frequentes e pontuação inferior a 24 pontos no questionário Cumberland Ankle Instability Tool (CAIT). Os testes funcionais Y Test, Side Hop Test, Figure Eight Hop Test e One Legged Hop for Distance, foram realizados pelo membro inferior com ICT, com e sem a órtese. A sequência dos testes e o início com ou sem a órtese foram aleatorizados por sorteio. Os dados foram analisados no SPSS 20.0, por meio do teste de Shapiro-Wilk para verificar a normalidade dos dados, e do teste de Wilcoxon para comparação entre os testes funcionais realizados com e sem órtese estabilizadora, com significância estatística de 5%. Resultados: A amostra apresentou idade mediana de 22 (19-34) anos; índice de massa corporal (IMC) de 23,9 (18,8-35,5 kg/cm2); tempo de prática esportiva em 10 (3-17) anos; frequência de treino semanal de 2 (1-5) por semana; pontuação no CAIT estabelecida em 17 (5-23) pontos. Os resultados da comparação dos testes funcionais realizados com e sem a órtese de tornozelo, para os grupos com e sem órtese de tornozelo foram, respectivamente no Y Test: 88,9 e 89,7 (p=0,42), Side Hop Test: 4,5 e 4,38 (p=0,55), Figure Eight Hop Test: 11,08 e 10,96 (p=0,38) e One Legged Hop for Distance: 180,6 e 181,3 (p=0,91), sem diferença significativa entre nenhum dos testes realizados com ou sem a órtese. Conclusão: A órtese estabilizadora de tornozelo não alterou o desempenho funcional de atletas com ICT, para mais ou para menos. Assim, sua indicação não deve ser estimulada para melhorar o desempenho; entretanto, como não houve piora no desempenho funcional, deve-se considerar a escolha do atleta, em usá-la ou não.

Palavras-chave (máximo 3)

fisioterapia; tornozelo; aparelho ortopédico

Área

Prevenção

Autores

Fernanda Nair Nicolau Policarpo, Bianca Lunardelli, Camilla Mendes Almeida, Christiane de Souza Guerino Macedo