IX Congresso Brasileiro e VII Congresso Internacional da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva e da Atividade Física

Dados do Trabalho


Título

Análise bidimensional do teste de resistência dos músculos do tronco em arremessadores adolescentes: um estudo de confiabilidade

Resumo (máximo 3000 caracteres com espaço)

Introdução: Em arremessadores há relatos de baixos níveis de força nos músculos lombopélvicos, sendo que esses músculos são responsáveis pela transmissão da energia cinética para o movimento de arremesso. Uma das formas de avaliar essa musculatura é pelo teste de resistência de McGill. Apesar dessa medida apresentar excelente confiabilidade para adultos, desconhecemos seus valores para atletas adolescentes. Objetivo: verificar a confiabilidade da análise bidimensional da resistência dos músculos do tronco em atletas adolescentes. Métodos: A amostra foi constituída por 10 atletas de handebol (5 meninas, 15,8 + 0,84 anos, 61,6 + 5,64 kg e 1,68 + 0,07 m e 5 meninos 16,2 + 0,84 anos, 67,0 + 4,85 kg, 1,80 + 0,04 m). Os atletas praticavam o esporte há pelo menos 1 ano, com frequência mínima de treino de 3 horas por semana e atuavam de forma competitiva. Foram permitidas duas tentativas para cada teste, sendo considerada para análise a tentativa com maior duração. As avaliações foram realizadas com intervalo de 5 dias, sendo feita a análise do tempo de isometria durante a execução e posterior análise dos testes pelo vídeo. O posicionamento dos teste de extensores, flexores, flexores laterais direito e flexores laterais esquerdo do tronco foram realizados de acordo com o protocolo de Dejanovic e colaboradores (2014). A fim de registrar o tempo para cada teste, foi utilizado um cronômetro digital e a filmagem com uma câmera digital posicionada a 5m dos sujeitos e sobre um tripé com 55cm. Para realizar a comparação dos tempos de isometria entre a análise durante a execução com a análise por vídeo foi realizado um teste t e para análise da confiabilidade foi utilizado o coeficiente de correlação intraclasse (ICC). Os valores de ICC < 0,4 são considerados pobres, entre 0,4 e 0,75 são considerados satisfatórios e acima de 0,75 como excelentes. O nível de significância adotado em todas as análises foi de 5%. Resultados: Ao comparar os tempos de isometria entre o momento de execução e a análise por vídeo observou-se diferenças significativas para todos os testes (p < 0,01), indicando a presença de erro sistemático. Os valores de ICC para a análise por vídeo dos flexores anteriores do tronco foi de 0,86, dos extensores do tronco foi de 0,81, e para os flexores laterais do tronco no lado direito foi de 0,83 e flexores laterais do tronco no lado esquerdo foi de 0,76. Conclusão: A identificação do tempo de isometria nos testes de resistência dos músculos do tronco apresenta excelente confiabilidade teste-reteste quando analisados de forma bidimensional por vídeo. Esse tipo de análise apresenta diferentes tempos de isometria quando comparado a análise tradicional.

Palavras-chave (máximo 3)

Arremessadores. Adolescentes. Resistência dos músculos do tronco

Área

Epidemiologia

Autores

Rafael Marques Ferrer, Daniele Wesz Ribas Ferrer, Carlos Bolli Mota, Michele Forgiarini Saccol