IX Congresso Brasileiro e VII Congresso Internacional da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva e da Atividade Física

Dados do Trabalho


Título

Confiabilidade de duas análises quantitativas da resistência dos músculos do tronco em arremessadores adolescentes

Resumo (máximo 3000 caracteres com espaço)

Introdução: Em 1999, McGill e colaboradores apresentaram uma avaliação clínica da resistência dos músculos do tronco por meio da análise qualitativa desses músculos em sujeitos saudáveis de ambos os sexos. Porém, há a necessidade de analisarmos a confiabilidade dessa medida em atletas adolescentes. Objetivo: avaliar a confiabilidade de duas análises quantitativas da resistência dos músculos do tronco em atletas arremessadores jovens. Métodos: A amostra foi constituída por 10 atletas de handebol (5 meninas, 15,8 + 0,84 anos, 61,6 + 5,64 kg e 1,68 + 0,07 m e 5 meninos 16,2 + 0,84 anos, 67,0 + 4,85 kg, 1,80 + 0,04 m). Foram permitidas duas tentativas para cada teste, sendo considerada para análise a tentativa com maior duração. As avaliações foram realizadas com intervalo de 5 dias, sendo feita a análise da filmagem do movimento com uma câmera digital (SONY DSC H300, frequência 50 Hz) posicionada a 5 m dos sujeitos e sobre um tripé na altura de 55 cm. O posicionamento dos testes de extensores, flexores, flexores laterais direito e flexores laterais esquerdo do tronco foram realizados de acordo com o protocolo de Dejanovic e colaboradores (2014). Para a análise quantitativa foram utilizadas notas adesivas de 38mm x 50mm localizadas nas espinhas ilíacas ântero-superiores (avaliação dos flexores laterais) e no terço médio da linha axilar lateral do tronco (avaliação dos extensores e flexores). Para determinar o instante final dos testes, foi calculada a distância dos pontos até o solo por meio do software Kinovea®, sendo interrompida sob dois critérios: KIN1: segundo instante quando há diminuição da distância por mais de 2 segundos após ter mantido uma mesma posição por pelo menos 10 segundos (isometria); e KIN2: segundo instante quando há diminuição da distância por mais de 2 segundos a partir da posição que teve maior duração durante o teste (maior tempo de isometria). Para análise da confiabilidade e reprodutibilidade foi utilizado o coeficiente de correlação intraclasse (ICC). Os valores de ICC < 0,4 são considerados pobres, entre 0,4 e 0,75 são considerados satisfatórios e acima de 0,75 como excelentes. O nível de significância adotado em todas as análises foi de 5%. Resultados: Os valores de ICC em ambos os critérios apresentaram excelente confiabilidade teste-reteste. Para KIN1, o ICC dos músculos flexores anteriores foi de 0,76, para os extensores de 0,79, para os flexores laterais do lado direito de 0,77 e no lado esquerdo de 0,87. Para KIN2, o ICC para os músculos flexores anteriores foi de 0,78, para os músculos extensores de 0,82, para os flexores laterais do lado direito de 0,83 e para o lado esquerdo de 0,93. Conclusão: A avaliação da resistência dos músculos do tronco por meio da análise quantitativa é um método objetivo e confiável para identificar mudanças de posição durante a execução dos testes em atletas adolescentes. Os dois critérios de interrupção adotados na avaliação apresentaram excelente confiabilidade.

Palavras-chave (máximo 3)

Arremessadores. Adolescentes. Resistência dos músculos do tronco

Área

Biomecânica

Autores

Rafael Marques Ferrer, Daniele Wesz Ribas Ferrer, Carlos Bolli Mota, Michele Forgiarini Saccol