Dados do Trabalho
Título
A DICOTOMIA DO CUIDADO: EXPERIENCIAS PALIATIVAS NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
Apresentação do caso
“Tratar ou Cuidar?” Essa pergunta desafiadora fez parte da minha jornada como graduanda de enfermagem na Unidade de Terapia
Intensiva (UTI). Durante meu estágio, enfrentei desafios significativos ao prestar cuidados paliativos a pacientes com diagnósticos graves. Esta narrativa reflete sobre minha experiência, destacando as dificuldades encontradas e os aprendizados adquiridos para melhorar a qualidade dos cuidados oferecidos, com foco especial no desenvolvimento e aplicação das soft skills.
Discussão
Na UTI, a resistência tanto da equipe quanto da cultura institucional, que valoriza a intervenção curativa, torna a transição de abordagem paliativa muito complexa. É fundamental entender que, além da hemodinâmica, existem princípios, valores, crenças, histórias, desejos e, acima de tudo, o luto, que começa a se manifestar a partir do diagnóstico. Neste contexto, as soft skills como empatia, comunicação eficaz e inteligência emocional foram essenciais para proporcionar um cuidado holístico e humanizado. O cuidado é muito mais do que administrar analgésicos e esperar o fim. Trata-se de uma abordagem integralista que visa garantir a dignidade e o bem-estar do paciente. A Empatia foi uma das habilidades mais importantes que desenvolvi, compreender o sofrimento dos pacientes e de suas famílias e proporcionar apoio emocional fez uma enorme diferença. A comunicação eficaz também se mostrou importantíssima, envolver a família no processo de cuidado. Haviam momentos em que a familiares sentiam-se perdidos e assustados, oferecer informações e suporte de maneira compreensível foi essencial para reduzir a ansiedade e fortalecer a relação de confiança. E a não menos importante, inteligência emocional, me deu capacidade de gerenciar minhas emoções em um ambiente tão estressante, mantendo a calma e a clareza de pensamento, permitiu-me fornecer um cuidado equilibrado e reconfortante.
Considerações finais
Para oferecer cuidados paliativos de qualidade, é preciso integralizar o paciente. A mudança da mentalidade exclusivamente curativa para uma que também valorize os cuidados paliativos é desafiadora, mas é possível. Desenvolver soft skills não é fácil, mas é essencial para criar um ambiente onde o conforto e a dignidade do paciente são prioritários. Com dedicação no desenvolvimento pessoal e profissional, podemos melhorar a experiência dos pacientes terminais e de suas famílias, proporcionando-lhes um cuidado verdadeiramente compassivo e eficaz.
Palavras Chave
Cuidados Paliativos; Humanização do Cuidado; UTI
Área
Modalidades de atendimento
Autores
GABRIELA FABRI