Dados do Trabalho

Título

O PROCESSO DE CUIDAR: PERCEPÇÕES DE FAMILIARES CUIDADORES DE IDOSOS EM CUIDADOS PALIATIVOS HOSPITALIZADOS

Introdução

O cuidador familiar é alguém responsável por prestar os cuidados ao familiar adoecido. Ele acompanha o paciente no processo que vai desde o diagnóstico, tratamento, internações e altas hospitalares e, muitas vezes, durante
o período de agravamento e morte do familiar (SANTOS et al, 2016; SILVA, SANTOS et al., 2019).
Dentro dos princípios dos Cuidados Paliativos, a família também é parte que recebe cuidado e suporte da equipe de saúde. De forma que tenham um sistema de apoio durante todo o processo em que cuidam do paciente e até mesmo durante o luto (OMS, 2018).
Os cuidadores familiares são o foco principal do estudo.

Objetivo e Método

O estudo é exploratório, descritivo, de abordagem qualitativa e teve como objetivo compreender as percepções que o cuidador familiar tem do processo de cuidar do idoso em cuidados paliativos na internação hospitalar. A pesquisa foi realizada em um hospital público na cidade de São Paulo. Foi primeiramente submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo, sendo aprovado no Parecer nº 3.390.454. Também foi submetido ao CEP do hospital onde foi realizada a pesquisa, sendo Parecer nº 3.745.253. O instrumento utilizado para coleta de dados foi entrevista semi-estruturada, contendo os dados sociodemográficos dos participantes e cinco questões;
elaboradas segundo revisão literária sobre o tema em base de dados. Com autorização prévia dos participantes, as entrevistas foram gravadas em áudio de aparelho telefônico e visando preservar o anonimato, os relatos foram identificados por sistema alfanumérico. Após as entrevistas, os relatos foram transcritos na íntegra para análise, de acordo com a Análise de Conteúdo de Bardin.

Resultados

A partir dos discursos dos participantes analisados, encontramos três categorias que denominamos de: ser cuidado; ser cuidador e recursos. As entrevistas demonstram que a “escolha” de se tornar cuidador nem sempre estava relacionada ao conhecimento, disponibilidade ou desejo dos cuidadores, mas sim, como uma necessidade que deve ser assumida por alguém no núcleo familiar, assim como ocorreu neste e outros estudos, o cuidado é na maioria das vezes assumido pela
mulher.

Conclusão/Considerações finais

Os resultados mostraram que ser cuidador familiar é uma tarefa, muitas vezes, involuntária, que gera repercussões tanto negativas quanto positivas e envolve reciprocidade e amor. Os participantes demonstraram também que
exercer este cuidado dentro do hospital permitiu receber maior suporte e auxílio.

Palavras Chave

Cuidadores Idoso Cuidados paliativos