Dados do Trabalho
Título
CUIDADOS PALIATIVOS EM ONCOLOGIA: EXPERIENCIAS EM AMBULATORIO PRIVADO ESPECIALIZADO
Apresentação do caso
Este relato de experiência tem como objetivo delinear o perfil dos pacientes atendidos pela equipe de cuidados paliativos (CP) e discutir os benefícios e desafios encontrados em uma clínica privada especializada em oncologia. Para que pacientes sejam encaminhados à equipe de CP da instituição, o médico oncologista deve considerar três critérios: pacientes com câncer avançado, pacientes com sintomas descompensados de difícil manejo em qualquer estágio da doença e pacientes com neoplasias hematológicas avançadas ou refratárias. A instituição tem observado o aumento contínuo no número de pacientes atendidos pela equipe de CP, atualmente composta por 22 pacientes, distribuídos igualmente entre homens e mulheres, com idades variando de 38 a 81 anos. A maioria dos encaminhamentos 72,72% é destinada a pacientes com câncer avançado, enquanto 27,27% referem-se a pacientes com sintomas severos de difícil manejo. Aproximadamente 68% dos pacientes estão sendo acompanhados pela equipe de CP há mais de 12 semanas, o que reflete um forte vínculo com a equipe e um impacto positivo na sobrevida dos pacientes.
Discussão
Os CP têm se tornado cada vez mais prevalentes na oncologia, pois trata-se de uma doença que ameaça a continuidade da vida. Esses cuidados refletem na qualidade de vida dos pacientes e suas famílias.Os pacientes encaminhados para a equipe de CP se beneficiam de um cuidado integral e efetivo. No entanto, os CP em ambulatórios enfrentam desafios significativos, como a integração entre médicos oncologistas e a equipe de CP, o que muitas vezes resulta em encaminhamentos tardios. Além disso, a complexidade no manejo de sintomas intensos pode levar a encaminhamentos para serviços de urgência e emergência. Em algumas situações, a comunicação entre a equipe de CP do ambulatório e a equipe hospitalar pode ser prejudicada, impactando a continuidade do cuidado.
Considerações finais
A importância do encaminhamento dos pacientes, no momento do diagnóstico de doenças que ameaçam a continuidade da vida, é incontestável. Esta abordagem garante um cuidado personalizado, respeitando as preferências dos pacientes. É fundamental promover a educação continuada sobre cuidados paliativos para toda a equipe, desmistificando a ideia de que esses cuidados devem ser ofertados apenas em fases terminais. Além disso, uma comunicação eficaz entre as equipes responsáveis pelo cuidado do paciente é essencial para garantir a continuidade do cuidado, sempre priorizando as decisões e preferências do paciente.
Palavras Chave
Cuidados Paliativos; Oncologia; Assistência
Área
Modalidades de atendimento
Instituições
Oncoclínicas - Rio Grande do Sul - Brasil
Autores
LUISA PRADIÉ ALGAYER, ARIANE PEREIRA OSORIO, CAROLINE AGUIRRE DE SOUZA, TATIANE ROXO FRAGA , FRANCINE MORESCHI BITTENCOURT, LUCAS DE AZAMBUJA RAMOS