Dados do Trabalho
Título
AVALIAÇAO DA QUALIDADE DE MORTE EM UM HOSPICE DO SUL DO PAIS
Introdução
A teoria do fim de vida pacífico é sustentada por cinco conceitos: não estar com dor, estar em paz, na proximidade de pessoas importantes, experienciando conforto e dignidade e respeito. De acordo com isso e tendo em mente que os cuidados paliativos buscam proporcionar qualidade de vida até o final desta, se torna importante avaliar o óbito de paciente em cuidados paliativos exclusivos, para que se entenda a eficácia das medidas de cuidado e o possibilidades de melhorias.
Objetivo e Método
Avaliar o óbito de pacientes em cuidados paliativos exclusivos, internados em unidade avançada de cuidados paliativos na modalidade hospice.
Este trabalho consiste em estudo observacional, descritivo e transversal, com abordagem quantitativa e qualitativa. Entre os meses de março a agosto de 2024 os enfermeiros da unidade hospice de um hospital oncológico foram treinados e instruídos a responder formulário contendo perguntas quanto a se o paciente que foi a óbito tinha dor, se estava confortável, em paz e se estava acompanhado no momento do óbito; as respostas eram classificadas em “SIM” ou “NÃO”. Como critério de inclusão, foram considerados todos os pacientes em cuidados paliativos exclusivos que permaneceram internados na unidade hospice por pelo menos 24 horas antes do óbito e faleceram na instituição. Após a finalização da coleta, houve a tabulação de dados e análise crítica dos resultados.
Resultados
Entre os meses de março a agosto, houveram 249 óbitos na unidade hospice. Após a exclusão dos pacientes cuja equipe de enfermagem não respondeu o questionário (15), restaram 234 formulários para serem analisados. Destes, 190 óbitos receberam SIM para todas as perguntas: os pacientes estavam sem dor, confortáveis, em paz e acompanhados no momento do óbito. 44 óbitos receberam uma ou mais respostas NÃO na avaliação da equipe de enfermagem. Destas, 14 respostas se referiam ao paciente estar com dor no momento do óbito, 28 ao paciente estar sem acompanhante, 8 sobre o paciente não estar confortável ou em paz e 1 sobre o final de vida não ter acontecido de forma digna.
Conclusão/Considerações finais
Desta forma, conclui-se que a maioria dos pacientes internados em unidade avançada de cuidados paliativos experienciou um fim de vida pacífico. Dentre as principais causas para que o paciente não experienciasse o final de vida pacífico, está a ausência de acompanhante no momento do óbito.
Referências
RULAND, C. M.; MOORE, S. M. Theory Construction Based on Standards of Care: A Proposed Theory of the Peaceful End of Life. Nurs Outlook 46: 196-175, 1998
Palavras Chave
Cuidados Paliativos; qualidade de morte; Hospice
Área
Controle de sintomas e qualidade de vida
Instituições
LIGA PARANAENSE DO COMBATE AO CÂNCER - Paraná - Brasil
Autores
GIOVANNA CAROLINA CARGNIN FERREIRA, LUIZ SERGIO ALVES BATISTA II, JULIA WOLFF BARRETO