Dados do Trabalho
Título
VISITAS DOMICILIARES COMO ESTRATEGIA PARA PROMOÇAO DO USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS PELA PESSOA IDOSA EM CUIDADOS PALIATIVOS
Apresentação do caso
O Projeto de Cuidado Apoiado ao Idoso, desenvolvido no bairro Serrinha, Fortaleza-CE, atua através de visitas domiciliares de Atenção Primária à Saúde a idosos com multimorbidade, incluindo aqueles em cuidados paliativos. Através de anamnese com o idoso ou cuidador, são pesquisados os medicamentos em uso, posologias e administração, para que possa ser realizada uma revisão dos medicamentos, com orientações acerca dos riscos que envolvem o excesso ou a falta da medicação no cotidiano. Dessa forma, uma vez que a iatrogenia está, em muitos casos, relacionada à polifarmacia¹, torna-se fundamental instruir ao uso racional de medicamentos pela pessoa idosa, garantindo assim que esta receba o melhor tratamento na sua condição clínica.
Discussão
Sabendo que todos os idosos assistidos pelo Projeto tem várias comorbidades e fazem uso de vários medicamentos, o desenvolvimento de estratégias para assegurar a segurança durante o tratamento torna-se ainda mais importante. Nesse sentido, as visitas domiciliares atuam como um facilitador para os idosos que estão em cuidados paliativos e em polifarmácia, assegurando coordenação e continuidade da farmacoterapia por meio da análise estruturada da prescrição vigente e do repasse de orientações quanto ao plano terapêutico estabelecido pelo médico. Através da educação em saúde prestada de forma simples, por meio do diálogo e utilizando linguagem acessível, é possível detectar precocemente problemas relacionados aos medicamentos e relacionar com outras demandas do idoso/cuidador, minimizando riscos e contribuindo para promoção de saúde e bem estar.
Considerações finais
As visitas domiciliares atuam como um excelente recurso para o alcance de idosos que estão em cuidados paliativos, favorecendo a ampliação do acesso às instruções quanto ao tratamento farmacológico e colocando-os como protagonistas da abordagem terapêutica dentro de um esquema de acompanhamento longitudinal. É por meio dessa articulação que podemos fazer a identificação precoce de reações adversas, melhorar a adesão ao tratamento, orientar que a dose e posologia prescritos sejam realizados e evitar a automedicação, corroborando para alcance do uso cada vez mais racional dos medicamentos.
REFERÊNCIAS
1 SALAZAR, J. A.; POON, I.; NAIR, M. Clinical consequences of polypharmacy in elderly: expect the unexpected, think the unthinkable. Expert Opinion on Drug Safety, v. 6, n. 6, p. 695-704, 2007/11/01 2007. ISSN 1474-0338. Disponível em: < https://doi.org/10.1517/14740338.6.6.695 >.
Palavras Chave
Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida; MEDICAMENTOS; Polifarmácia
Área
Modalidades de atendimento
Autores
LETICIA KATHLEEN RODRIGUES CAMURÇA, GABRIELA MARTINS BÔTO, JÚLIO CÉSAR CARDOSO RODRIGUES, LUCCAS SISNANDO DINIZ, THOMÁS DA SILVA VARELOS, MARCO TÚLIO AGUIAR MOURÃO RIBEIRO