Dados do Trabalho

Título

EFICACIA DOS CUIDADOS PALIATIVOS EM PACIENTES COM GLIOBLASTOMA MULTIFORME: UMA REVISAO INTEGRATIVA DA LITERATURA

Introdução

Introdução: O glioblastoma (GBM) multiforme é um tumor cerebral maligno de grau IV, com uma sobrevida média de cerca de 12 meses. Os cuidados paliativos (CP) são fundamentais, abordando as dimensões física, psicológica, social e espiritual do paciente. É crucial que uma equipe de CP especializada trabalhe junto com a equipe neurocirúrgica desde o início do tratamento para fornecer um suporte completo e adequado.

Objetivo e Método

Objetivo: Compreender a eficácia dos cuidados paliativos em pacientes com glioblastoma multiforme. Foi realizada uma revisão integrativa na base de dados PUBMED. Os termos indexados no MeSH utilizados foram “Glioblastoma” AND “Palliative Care”. Métodos: A busca incluiu artigos completos e publicados na língua inglesa nos últimos quatro anos. Foram encontrados 106 artigos. Para a seleção dos estudos, foi utilizado o software Rayyan, resultando na seleção final de 10 artigos. Editoriais, teses, relatos de experiência e estudos de caso foram excluídos.

Resultados

Resultados: Revisões sistemáticas sugerem que pacientes adultos com GBM se beneficiaram de planejamentos antecipados de cuidados paliativos (ACP), tendo em vista que há baixas taxas de documentação de ACP variando de 4% a 55% para coortes de pacientes adultos com GBM em diferentes países. Um estudo de coorte indicou que os pacientes preferiam uma discussão avançada sobre suas preferências de fim de vida, mas seus médicos nem sempre estavam cientes dessas preferências. Estudos retrospectivos afirmam que os CP aumentam o número de pacientes que sobrevivem mais de 2 anos aproximadamente 3 vezes em comparação com aqueles que recusam parte ou todo o tratamento. Além disso, de 10.812 pacientes com GBM, 1.648 (15,24%) pacientes tiveram consulta de CP com uma tendência geral positiva ao longo do tempo. Ademais, um ensaio clínico randomizado em pacientes mostrou que a integração precoce de CP influencia drasticamente a qualidade de vida, a sobrevivência e o humor, de modo que pacientes com GBM sem CP tiveram admissões em unidade de terapia intensiva mais frequentes e um tempo cumulativo maior de permanência na unidade de terapia intensiva (UTI). Em relação aos tratamentos cardiopulmonares ou respiratórios, os pacientes sem CP tiveram intervenções significativamente mais invasivas do que aqueles com CP.

Conclusão/Considerações finais

Conclusão: Conclui-se que pacientes com GBM se beneficiam de CP no que tange à qualidade de vida, desde a física até a mental. Há necessidade de mais estudos para analisar as vantagens de CP em pacientes com GBM.

Referências

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Palavras Chave

Glioblastoma; Assistência; Terminalidade