Dados do Trabalho
Título
CONTROLE DA DOR ONCOLOGICA EM PACIENTES EM CUIDADOS PALIATIVOS: ANALGESIA FARMACOLOGICA E NAO FARMACOLOGICA.
Introdução
A dor oncológica, comum e debilitante em pacientes com câncer avançado, impacta profundamente sua qualidade de vida, e os cuidados paliativos, integrados desde o diagnóstico, oferecem alívio através de abordagens farmacológicas e não farmacológicas, focando no conforto e bem-estar do paciente(COSTA et. al, 2016).
Objetivo e Método
Conhecer as intervenções farmacológicas e não farmacológicas para o manejo da dor oncológica em pacientes em cuidados paliativos. Realizou-se de uma revisão integrativa da literatura para sintetizar e analisar estudos sobre o tema, a partir da pergunta norteadora construída com base na estratégia População, Interesse, Comparação e Resultado (PICO): “Como o tratamento farmacológico e não farmacológico complementam o manejo da dor oncológica em pacientes em cuidados paliativos?” A busca foi realizada em agosto de 2024 nas bases de dados EBSCO, LILACS, PubMed, CINAHL, MEDLINE, Science Direct, com os descritores “oncologic pain OR cancer pain AND palliative care OR end-of-life care AND pharmacological treatment OR non-pharmacological treatment”. Inicialmente, foram encontrados 21 artigos, após leitura e avaliação foram selecionados 05 estudos realizados que mencionaram abordagens farmacológicas e não farmacológicas para alívio da dor em Cuidados Paliativos, conforme critérios pré-estabelecidos.
Resultados
A dor oncológica pode ser classificada em aguda ou crônica, sendo a crônica subdividida em oncológica e não oncológica, cada uma com características distintas e impactos específicos no sistema nervoso (BARROS et al., 2019). O manejo da dor oncológica é crucial, e envolve a mensuração precisa através de escalas unidimensionais, multidimensionais e comportamentais, que permitem avaliar a intensidade e o impacto da dor na qualidade de vida. A OMS propôs a Escada Analgésica para guiar o tratamento da dor, utilizando analgésicos simples, opióides fracos e fortes conforme a intensidade da dor. Contudo, devido ao risco de dependência associado aos opióides, é fundamental integrar práticas não farmacológicas, como técnicas de relaxamento e as PICS, que incluem fitoterapia, reiki e homeopatia, promovendo um cuidado mais holístico e melhorando a qualidade de vida dos pacientes(JÚNIOR et al., 2020)..
Conclusão/Considerações finais
Assim, concluímos que a combinação dessas estratégias proporciona um alívio abrangente, abordando os aspectos físicos e emocionais do sofrimento, essencial para um modelo de cuidado integrado e personalizado que melhora a qualidade de vida do paciente.
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Palavras Chave
Dor total; Cuidado Paliativo; Analgesia
Área
Controle de sintomas e qualidade de vida
Instituições
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - Ceará - Brasil
Autores
TIAGO DA SILVA LEAL, FRANCISCO MIKAEL PAULINO DE OLIVEIRA, LUANA NUNES CALDINI