X Congresso Brasileiro de Cuidados Paliativos

Dados do Trabalho


Título

PERFIL DOS PACIENTES COM CANCER QUE FAZEM O USO DE PLANTAS MEDICINAIS SEM ORIENTAÇAO PROFISSIONAL COMO TRATAMENTO PALIATIVO A DOENÇA

Introdução

O uso de plantas medicinais no tratamento paliativo de pacientes oncológicos tem recebido atenção por sua capacidade de aliviar sintomas como dor, náuseas, ansiedade e insônia, visando melhorar a qualidade de vida ao focar no controle sintomático em vez da cura. No entanto, o uso inadequado dessas plantas, sem supervisão médica, pode acarretar riscos significativos, incluindo interações adversas com terapias convencionais, como quimioterapia e radioterapia, potencialmente reduzindo a eficácia desses tratamentos e exacerbando efeitos colaterais.

Objetivo e Método

Traçar o perfil do paciente oncológico que faz uso de plantas medicinais como tratamento paliativo da doença sem supervisão profissional adequada no interior do Pará.
Trata-se de uma pesquisa de campo, descritiva, exploratória e documental com abordagem quantitativa. Para a obtenção dos dados foi aplicado um questionário sociodemográfico junto aos pacientes que faziam tratamento oncológico no Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA). A pesquisa seguiu os preceitos dispostos na resolução 510/2016, tendo sido aprovada pelo comitê de Ética e pesquisa da Universidade do Estado do Pará, sob o Parecer nº 4.764.586 e CAAE: 43460721.0.00005168.

Resultados

Este estudo obteve um quantitativo amostral de 592 participantes entrevistados. A análise do perfil dos participantes da pesquisa revelou que a média de idade foi de 56,1 anos. Quanto ao sexo, 60,3% dos respondentes eram mulheres. Em relação à escolaridade, 28,5% dos participantes possuíam o ensino médio completo. No que diz respeito ao estado civil, 70,6% dos entrevistados eram casados. Em termos de ocupação, 35,6% dos participantes declararam ser autônomos. Em relação à renda mensal, 77,5% afirmaram receber um valor igual ou inferior a um salário-mínimo. Quanto à naturalidade, 47,6% dos participantes eram originários da zona urbana de Santarém. Em relação à raça, 88,9% dos entrevistados se autodeclararam pardos.

Conclusão/Considerações finais

O estudo revela a vulnerabilidade de certas populações e a necessidade urgente de estratégias educacionais em saúde, incluindo acompanhamento profissional e conscientização sobre riscos. Destaca a importância de integrar práticas complementares seguras no tratamento oncológico e adotar uma abordagem multidisciplinar, além de exigir políticas públicas para promover o uso seguro e racional de plantas medicinais no cuidado paliativo.

Palavras Chave

Cuidado Paliativo; paciente oncológico; Fitoterapeuta

Área

Controle de sintomas e qualidade de vida

Autores

CARLOS EDUARDO AMARAL PAIVA, MIRLENE NASCIMENTO DE JESUS, AYSLA MCLANE LOBATO DOS SANTOS, ELAINE CRISTINA PACHECO DE OLIVEIRA, KAREN EVELIN PEDROSO DE SOUSA, ANTONIA IRISLEY DA SILVA BLANDES