Dados do Trabalho

Título

MANEJO DA DISPNEIA EM CUIDADOS PALIATIVOS: UMA REVISAO DE LITERATURA

Introdução

A dispneia é uma experiência subjetiva de desconforto respiratório, que consiste de sensações qualitativamente distintas e variáveis na intensidade. Dos sintomas em pacientes em cuidados paliativos, a dispneia é um dos que mais impacta a qualidade de vida. Esse sintoma piora devido a doenças neoplásicas, DPOC e patologias cardíacas que alteram a capacidade pulmonar. Há medidas farmacológicas e não farmacológicas utilizadas para minimizar esse desconforto. É imprescindível que o paciente compreenda o processo da sua comorbidade e estabeleça sua autonomia.

Objetivo e Método

Apresentar diferentes formas de manejo para controle da dispneia a ser usado em cuidados paliativos.
Trata-se de uma revisão de literatura sobre o manejo da dispneia em pacientes em cuidados paliativos. Realizou-se uma busca para a seleção de artigos dos últimos 5 anos, nos idiomas português e inglês. Foi utilizado o National Library of Medicine (PubMed) como base de dados e os descritores foram: “Dyspnea”, “Palliative care’’ e “Treatment’’.

Resultados

Foram encontrados 155 artigos. Destes, 14 selecionados para leitura de resumo e 5 para leitura integral do texto. O tratamento medicamentoso utilizado para manejo de dispneia engloba os opióides, sendo morfina a principal escolha, e, na impossibilidade do seu uso, fentanil e oxicodona. A administração deve ser personalizada e monitorada, sendo a dose ajustada para maximizar o alívio da dispneia e minimizar os efeitos colaterais. Também é feito o uso de broncodilatadores e corticosteroides para controle sintomatológico. Dentre as terapias não farmacológicas, a acupuntura pode ajudar a melhorar a sensação de falta de ar, atribuída à capacidade de influenciar a percepção da respiração e ajudar a modular a resposta do sistema nervoso. A fisioterapia é eficaz na redução da dispneia, devido à realização de exercícios voltados para musculatura respiratória, que promovem a melhoria da capacidade e resistência pulmonar. Ademais, a Ventilação Não Invasiva (VNI), integrada ao plano de tratamento, deve ser feita com base em uma avaliação cuidadosa dos benefícios e desafios associados ao uso do dispositivo.

Conclusão/Considerações finais

A dispneia em pacientes em terminalidade exige uma integração de aspectos funcionais e psicológicos para um manejo eficaz. As terapias devem ser individualizadas, considerando a doença subjacente de cada paciente. Assim, é importante instruir os pacientes e suas famílias sobre técnicas de manejo não farmacológicas de dispneia a serem aplicadas no dia a dia.

Referências

VON TROTT, P.; OEI, S. L.; RAMSENTHALER, C. Acupuncture for breathlessness in advanced diseases: A systematic review and meta-analysis. Journal of pain and symptom management, v. 59, n. 2, p. 327- 338.e3, 2020.

STEINDAL, S. A. et al. Non-invasive ventilation in the care of patients with chronic obstructive pulmonary disease with palliative care needs: a scoping review. BMC palliative care, v. 23, n. 1, 2024.

GAERTNER, J. et al. Effect of opioids for breathlessness in heart failure: a systematic review and meta-analysis. Heart (British Cardiac Society), v. 109, n. 14, p. 1064–1071, 2023.

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Palavras Chave

Dyspnea; Palliative Care; Treatment