Dados do Trabalho
Título
RISCOS E BENEFÍCIOS DO USO DE FÁRMACOS CARDIOVASCULARES EM PACIENTES SOB CUIDADOS PALIATIVOS: REVISÃO
Introdução
Os cuidados paliativos buscam a qualidade de vida e a dignidade aos pacientes cuja doença não responde mais ao tratamento, dando, desse modo, prioridade ao exercício do cuidar quando há ameaça à continuidade da vida. Pacientes com doenças cardiovasculares apresentam maior risco de morte em comparação a outras condições. Por isso, na fase em que esse paciente não responde aos tratamentos curativos deve-se preconizar e individualizar a terapêutica adotada. Em muitos casos, a farmacoterapia preexistente no manejo das doenças de base pode trazer consequências aos pacientes gravemente enfermos, que padecem em um intenso sofrimento físico, psíquico, social e espiritual.
Objetivo e Método
Assim, o objetivo deste estudo foi sintetizar o conhecimento e a aplicabilidade de publicações que relacionam o uso de fármacos cardiovasculares para pacientes em cuidados paliativos, seus riscos e benefícios. Trata-se de uma revisão integrativa e narrativa de artigos científicos publicados entre 2019 e 2024, selecionados a partir da questão: “Quais os fármacos cardiovasculares de escolha para a terapia de pacientes em cuidados paliativos?”. A busca foi realizada na Biblioteca Virtual em Saúde utilizando como descritores: “cuidados paliativos" AND “doenças cardiovasculares” AND “medicamentos”, nos idiomas inglês ou português.
Resultados
Foram encontrados 18 artigos completos nas bases MEDLINE (16), LILACS (1) e PAHO-IRIS (1). Destes, treze foram publicados nos anos de 2019 e 2020, quatro em 2021 e um artigo em agosto de 2024. Dois artigos continham o assunto principal “fármacos cardiovasculares” relatando os principais objetivos dessa farmacoterapia ao paciente paliativo: reduzir eventos adversos e tratar/controlar sintomas. Destacaram-se principalmente o uso de IECA, BRA, Sacubitril + Valsartana, Espironolactona, Furosemida, Vasodilatadores, Digoxina e Inotrópicos. Todavia, Betabloqueadores, Bloqueadores de Canais de Cálcio e Inibidores SGLT2 foram relatados para arritmias e coronariopatias. Os riscos e benefícios do uso desses fármacos deve ser avaliado levando em consideração interações com fármacos paliativos comuns, que já podem desenvolver adversamente bradi/taquicardia, arritmias, QT prolongado, hipo/hipertensão. A interação pode tanto inibir quanto potencializar essas reações adversas ou alterar processos farmacocinéticos, tornando importante a farmacovigilância.
Conclusão/Considerações finais
Por fim, a necessidade do fármaco cardiovascular em condição crônica ou em finitude pode ser um fator determinante da farmacoterapia.
Referências
1) Palliative Pharmacotherapy for Cardiovascular Disease: A Scientific Statement From the American Heart Association.Di Palo, Katherine E; Feder, Shelli; Baggenstos, Yleana T; Cornelio, Cyrille K; Forman, Daniel E; Goyal, Parag; Kwak, Min Ji; McIlvennan, Colleen K. Circ Cardiovasc Qual Outcomes ; 17(8): e000131, 2024.
2) Essential Medicines for Noncommunicable Diseases Available through the PAHO Strategic Fund
Pan American Health Organization. Washington, D.C.; PAHO; 2021. (PAHO/NMH/MH/21-0033)
Palavras Chave
Cuidados Paliativos; Doenças Cardiovasculares; MEDICAMENTOS
Área
Controle de sintomas e qualidade de vida
Instituições
Universidade de Rio Verde Campus Luziânia - Goiás - Brasil
Autores
RODRIGO CESAR ASSIS CAIXETA, VICTOR ISAAC MACIEL, PRISCILA IAUARA SANTA CRUZ LEMOS, LEANDRO PEREIRA DE LIMA MORAIS, ADRIELLE VELOSO CAIXETA, LAIZA CARLA DE FRANÇA SOUZA