Dados do Trabalho
Título
DO AMOR A MORTE: EXPERIENCIA DE UM GRUPO PSICOTERAPEUTICO NA MODALIDADE REMOTA COM JOVENS DE UM SERVIÇO DE ASSISTENCIA DOMICILIAR
Introdução
A pandemia causada pelo Covid-19 no ano de 2019 trouxe uma nova realidade para os profissionais de saúde nos diferentes níveis de atenção à saúde devido às restrições de contato entre as pessoas e de mobilidade na cidade. O uso das tecnologias de informação e de comunicação possibilitaram a continuidade de cuidados naquele momento, sendo o atendimento na modalidade remota uma estratégia que teve boa aceitação entre os profissionais e pacientes, se mantendo até a atualidade. Em um serviço de assistência domiciliar em Fortaleza, ao perceber a necessidade de continuar à assistência aos jovens acamados e dependentes de cuidados especiais para além dos atendimentos individuais presenciais, a psicóloga elaborou um grupo psicoterapêutico na modalidade remota como meio de promover a interação entre os pacientes.
Objetivo e Método
O objetivo é expor o trabalho de grupo psicoterapêutico, na modalidade remota, com jovens assistidos por um programa de assistência domiciliar. Este é um estudo descritivo, qualitativo, do tipo relato de experiência.
Resultados
Os encontros do grupo psicoterapêutico ocorreram entre os meses de janeiro a março de 2024, de modo quinzenal, as sextas-feiras, no turno da manhã, com duração de uma hora por encontro, com a participação de quatro pacientes que tinham seus próprios celulares e acesso à internet. A psicóloga utilizou os recursos disponibilizados pelo serviço. No primeiro encontro, os pacientes trouxeram temas relacionados à música e ao cinema, além de expressarem o desejo em comum de escreverem um livro sobre suas vidas. Nos encontros seguintes foram trabalhados temas focados na construção oral do livro, a saber: amor, felicidade, tristeza, cuidado e morte. Os temas e o título do livro, “O mundo ao nosso olhar”, foram escolhidos pelos pacientes.
Conclusão/Considerações finais
Consideramos que o grupo psicoterapêutico cumpriu sua função de integrar e de promover a saúde mental dos jovens, uma vez que permitiu o compartilhamento de suas angústias e desenvolveu a capacidade de empatia e acolhimento dos outros. Recomendamos que os psicólogos dos serviços de atenção domiciliar promovam grupos psicoterapêuticos na modalidade remota e que, na ausência de profissionais de psicologia, outros profissionais de saúde possam elaborar grupos terapêuticos com o objetivo de integrar seus pacientes.
Referências
BORDINI, GABRIELA SAGEBIN; SPERB, TANIA MARA. O uso dos grupos focais on-line síncronos em pesquisa qualitativa. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 16, n. 3, p. 437-445, jul./set. 2011
BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. PORTARIA Nº825, 25 de abril de 2016. Redefine a atenção domiciliar no âmbito do sistema único de saúde (SUS) e atualiza as equipes habilitadas. Diário Oficial da União, Brasília, 2016.
Palavras Chave
Atenção Domiciliar; jovens; teleconsulta
Área
Modalidades de atendimento
Autores
RENATA MESQUITA FERREIRA LIMA, JOYCE HILARIO MARANHÃO