X Congresso Brasileiro de Cuidados Paliativos

Dados do Trabalho


Título

PREVALENCIA DE INSUFICIENCIA CARDIACA ASSOCIADA AO INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO EM PACIENTES ATENDIDOS EM UM HOSPITAL ESTADUAL DO MUNICIPIO DE PARNAIBA-PI.

Introdução

As doenças cardiovasculares são a primeira causa de óbitos no Brasil, sendo a terceira causa de internações. Uma das principais é o infarto agudo do miocárdio (IAM), que apresenta-se como a morte de cardiomiócitos resultante de isquemia prolongada, e é uma das maiores causas de morbimortalidade, visto que a maioria dos pacientes não recebe o tratamento adequado. O avanço nos serviços de emergência reduziu a mortalidade intra-hospitalar relacionada ao infarto agudo do miocárdio, principalmente com a utilização de fibrinolíticos e angioplastia primária. Porém, o prognóstico do paciente não depende apenas do tratamento, mas do diagnóstico precoce. Caso esse diagnóstico seja retardado e o tratamento demore mais do que o previsto, os pacientes tendem a evoluir com pior prognóstico. Quanto mais cedo ocorrer o diagnóstico, mais cedo pode ser realizado o tratamento, reduzindo a morbimortalidade, principalmente associada a Insuficiência Cardíaca Congestiva, uma das principais patologias relacionadas ao infarto agudo do miocárdio.

Objetivo e Método

Avaliar a evolução de infarto agudo do miocárdio para insuficiência cardíaca em pacientes atendidos em um hospital estadual no município de Parnaíba-PI nos anos de 2020 e 2021.
Foram coletados dados a partir de prontuários, em que foram identificados todos os pacientes atendidos com infarto agudo do miocárdio e quantos deles evoluíram para insuficiência cardíaca no decorrer dos anos. O presente trabalho foi submetido ao Comitê de Ética e Pesquisa e aprovado sob o número de parecer 6.704.085.

Resultados

No ano de 2020 foram atendidos 36 pacientes com infarto agudo do miocárdio. Desses, 33,33% (12) evoluíram para insuficiência cardíaca. No ano de 2021 foram atendidos 66 pacientes com infarto e desses, 16,66% (11) evoluíram para insuficiência cardíaca.

Conclusão/Considerações finais

A evolução de infarto para insuficiência cardíaca pode ser evitada a partir de um diagnóstico precoce e de um preparo da equipe de assistência médica para tratar essa patologia na emergência. Como o infarto é tempo-dependente, quanto mais cedo for diagnosticada a doença, menos serão as complicações associadas e, consequentemente, menor a chance de evoluir para insuficiência cardíaca. Caso evolua, o paciente deve ter uma rotina de cuidados, principalmente com cardiologista e nefrologista para evitar uma descompensação da doença e um pior prognóstico associado. Por isso, é essencial profissionais da área dos cuidados paliativos para reduzir a polifarmácia e melhorar a qualidade de vida do paciente.

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Palavras Chave

Infarto agudo do miocárdio; INSUFICIÊNCIA CARDÍACA; Qualidade de Vida

Área

Controle de sintomas e qualidade de vida

Autores

CLÁUDIA LORENA RIBEIRO LOPES, DAYENE MELLO DE MENESES, MARIA CLARA SALES BORGES DE SOUZA, JOYCE PINHO BEZERRA