Dados do Trabalho
Título
MORTE E MORRER NA EMERGENCIA: ATITUDES E SENTIMENTOS DE ENFERMEIROS
Introdução
Introdução: A morte e morrer é frequente no âmbito hospitalar, especialmente no setor da emergência. A convivência diária dos profissionais com essa condição pode influenciar nas atitudes e sentimentos da equipe multiprofissional, especialmente entre os enfermeiros que são responsáveis pela gestão direta do cuidado.
Objetivo e Método
Objetivo: Conhecer as atitudes e sentimentos de enfermeiros diante da morte e morrer no serviço de emergência. Métodos: Trata-se de um recorte da pesquisa “Representações Sociais de Enfermeiros e Familiares sobre o fim de vida nos serviços de Urgência e Emergência”, do tipo descritiva e exploratória, de abordagem qualitativa, realizada com 11 enfermeiros que atuavam na emergência de um hospital geral localizado no sudoeste baiano. Os dados foram coletados entre agosto a novembro de 2023, através da entrevista semiestruturada, sendo analisadas pelo software de análise lexical Analyses Multimensionnelles de Textes et de Questionnaires (IRAMUTEQ) e posteriormente utilizado a Análise de Conteúdo. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob o parecer de n° 6.133.386.
Resultados
Resultados: Por meio da análise lexical, o conteúdo foi categorizado em 7 classes, para este estudo abordou-se a classe 5 intitulada “Atitudes e sentimentos dos enfermeiros diante do fim de vida na emergência”, que corresponde a 11,8% do corpus total analisado. Os termos mais representativos para a classe, foram: “Deus”, “colega” e “conversar”, as entrevistas versaram sobre as atitudes e sentimentos diante da morte e morrer vivenciados pelos enfermeiros. Assim, nota-se que a morte no setor de emergência desperta sentimentos ambíguos nos profissionais, que os levam a criarem maneiras de se protegerem emocionalmente, uma delas é desviar-se dos familiares de pacientes que estão vivenciando o processo de morrer, como forma de não absorver o sofrimento, uma vez que a morte é constante no seu dia a dia de trabalho. Para aqueles que não conseguem evitar os sentimentos surgem a tristeza, compaixão e até revolta. Por outro lado, com a experiência alguns desenvolvem estratégias para lidar com a dor da família frente à perda, além de perceberem a necessidade de suporte de outras profissões para acolherem os pacientes e familiares nesse momento.
Conclusão/Considerações finais
No setor de emergência a convivência com o processo de morte e o morrer é algo rotineiro que desperta sofrimento nos enfermeiros, os quais sentem-se despreparados, fazendo com que busquem, na maioria das vezes, mecanismos de fuga.
Referências
HEISLER, J. L.; Martins, M. G. T. Finitude, a morte, o morrer e assistência a pacientes oncológicos terminais na visão dos profissionais de saúde. Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação. v. 8, n. 5, 2022.
VENTURA, G. et al. Enfrentamento de enfermeiras frente à morte no processo de cuidar em emergência. Rev. Electrónica Enfermaría Actual en Costa Rica, 1-13, 2019.
Palavras Chave
morte; Morrer; Emergência
Área
Outras áreas
Instituições
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA - Bahia - Brasil
Autores
RANNA GABRIELE SAMPAIO DA CONCEIÇÃO, DAIANE BRITO RIBEIRO, JULIANA XAVIER PINHEIRO DA CUNHA, JULIANA DA SILVA OLIVEIRA, ROBERTA BARROS DE MIRANDA, JULIANA COSTA MACHADO