X Congresso Brasileiro de Cuidados Paliativos

Dados do Trabalho


Título

IMPORTANCIA DE ENSINAR CUIDADOS PALIATIVOS NA INFANCIA: UM CHAMADO PARA A AÇAO

Introdução

O ensino de cuidados paliativos para crianças é uma necessidade emergente e ainda subvalorizada na sociedade atual. Muitas crianças convivem com pais, avós ou outros familiares que enfrentam doenças graves e estão em cuidados paliativos. Nessa convivência, elas frequentemente se deparam com mudanças significativas no comportamento e na saúde desses entes queridos, gerando confusão, medo e sofrimento emocional. Explicar a elas o que seus familiares estão passando não apenas minimiza o impacto emocional, mas também as ajuda a desenvolver resiliência e compreensão sobre a vida, a doença e a morte. No entanto, existe uma lacuna crítica na comunicação sobre cuidados paliativos para a infância, evidenciada pela escassez de recursos e estratégias direcionadas a esse público.

Objetivo e Método

Destacamos a importância de incluir as crianças nas conversas sobre cuidados paliativos, proporcionando uma base de entendimento sobre o que seus familiares estão vivenciando.

Resultados

É fundamental que a comunicação seja adaptada ao estágio de desenvolvimento da criança, usando uma linguagem acessível e estratégias interativas. Crianças menores, por exemplo, podem se beneficiar de explicações visuais e lúdicas, como livros ilustrados ou bonecos que representam situações médicas. Já crianças em idade escolar podem entender conceitos mais abstratos através de histórias, metáforas e analogias que relacionam as mudanças que observam com experiências familiares do seu cotidiano. Adolescentes, por outro lado, requerem uma abordagem mais direta e participativa, onde possam expressar suas dúvidas e sentimentos abertamente. Técnicas como a escuta ativa, validação de sentimentos e o uso de perguntas abertas ajudam a construir um ambiente de confiança e apoio. Além disso, atividades artísticas, como desenho, pintura e escrita, permitem que as crianças expressem suas emoções de forma segura e criativa.

Conclusão/Considerações finais

A comunicação deve ser contínua, empática e respeitosa, garantindo que as crianças tenham espaço para fazer perguntas e processar as informações no seu próprio ritmo. Devemos capacitar profissionais de saúde, educadores e pais para que possam abordar o tema com sensibilidade e clareza, respeitando as particularidades de cada faixa etária e contexto familiar. Ao equipar esses agentes com as ferramentas certas, promovemos uma experiência mais humanizada e compreensível, onde a criança se sente incluída e apoiada durante todo o processo de cuidados paliativos de seus familiares.

Palavras Chave

Comunicação Infantil; Educação em Saúde; Família

Área

Outras áreas

Autores

ISABEL SALA CORRAL, CAROLINA MARQUES MARCONDES PINTO, GABRIELLA NOVELLI OLIVEIRA, DANIEL BOARI COELHO, CARLA ROMAGNOLLI QUINTINO