X Congresso Brasileiro de Cuidados Paliativos

Dados do Trabalho


Título

NECESSIDADE DE CUIDADOS PALIATIVOS DURANTE REABILITAÇAO EM CLINICA DE TRANSIÇAO – PERFIL E FATORES ASSOCIADOS

Introdução

Indivíduos acometidos por doenças graves e com necessidade de internação prolongada, principalmente em unidade de terapia intensiva, frequentemente sofrem perda significativa da funcionalidade com impacto em sua qualidade de vida. Unidades de cuidados pós-agudos podem contemplar a tentativa de recuperação da independência funcional (reabilitação) como meta principal do plano terapêutico destes pacientes. Em cenários de maior gravidade, a implementação de cuidados paliativos especializados se apresenta como necessidade essencial, com foco em gerenciar sintomas, melhor a qualidade de vida e prevenir sofrimentos.

Objetivo e Método

O objetivo principal foi caracterizar os fatores associados à inclusão de cuidados paliativos especializados (CPe) no plano terapêutico de pacientes durante internação para reabilitação em unidade de cuidados pós-agudo. Tratou-se de estudo de coorte retrospectiva abrangendo pacientes admitidos para reabilitação funcional em hospital de transição de cuidados em Salvador/BA, entre julho de 2017 e abril de 2023. Foram coletados dados sociodemográficos, clínicos e aferição de escalas de funcionalidade, como a Medida de Independência Funcional (MIF). O desfecho primário foi a incidência de CPe, delimitado através de registro no prontuário do alinhamento, entre equipe e paciente/familiares, em restringir recursos artificiais sustentadores de vida, em especial a reanimação cardiorrespiratória em caso de piora clínica. Para análise de associação entre as variáveis e o desfecho, foi realizada a regressão logística com o cálculo de Odds Ratio e os respectivos intervalos de confiança (IC 95%).

Resultados

Foram avaliados os dados de 1143 indivíduos admitidos para reabilitação, sendo 550 (48,1%) do sexo feminino e 593 (51,9%) do sexo masculino, com idade média de 70,3 anos. A incidência de cuidados paliativos no plano terapêutico foi de 36,3% (415) e esses indivíduos apresentavam em média 79 anos em comparação com 65 anos no grupo daqueles sem a inclusão. Foram encontradas associações estatisticamente significativas na presença de ao menos uma internação nos últimos 12 meses (OR 1.49, p<0,002), uso de sonda nasoenteral (OR 3.05, p<0,001) e presença de ferida na admissão (OR 1.45, p<0,005). Houve aumento de 7,3% nas chances de ter incluído CPe no plano terapêutico a cada ano adicional, bem como aumento de 4,0% nas chances a cada ponto a menos de MIF inicial.

Conclusão/Considerações finais

É importante ainda entender o perfil clínico desses grupos para que os profi

Área

Outras áreas

Instituições

Clínica Florence - Bahia - Brasil

Autores

ISABELA MARIA ALVES ALMEIDA OLIVA, BRUNO PRATA MARTINEZ, JOAO GABRIEL ROSA RAMOS, FLAVIA FERREIRA, ALEF SANTIAGO REZENDE , MILTON JOSÉ DE SOUZA NETO