Dados do Trabalho

Título

PERFIL DAS ESPECIALIDADES QUE SAO PRE-REQUISITO PARA A AREA DE ATUAÇAO EM MEDICINA PALIATIVA NO CEARA.

Introdução

Com o avanço técnico-científico da área da saúde, houve uma queda na taxa de mortalidade e, consequentemente, um aumento na expectativa de vida da população. Deste modo, diante das alterações das dinâmicas sociodemográficas, surge a necessidade de discussões bioéticas sobre a autonomia do paciente e a adequação terapêutica diante de doenças ameaçadoras a vida. Nesse contexto, surge em 1970 os Cuidados Paliativos no Brasil, respaldando-se, atualmente, na publicação do dia 07 de maio de 2024, da Política Nacional de Cuidados Paliativos no âmbito do SUS (PNCP-SUS), com objetivo de cuidados dignos durante todo processo saúde – doença, tendo a morte como evolução natural deste processo. Neste tocante, é criado em 2020 em um Hospital Universitário do Ceará a residência de Medicina Paliativa no intuito de capacitar os profissionais médicos nesta área de atuação.

Objetivo e Método

Trata-se de um estudo descritivo, observacional, transversal, quantitativo por meio da análise dos dados referentes aos resultados divulgados entre os anos de 2020 e 2024 no Processo Seletivo (PS) do Apoio às Residências de Saúde (ARES) do estado do Ceará em Medicina Paliativa e a base de dados do sistema da Comissão Nacional de Residência Médica (SisCNRM), objetivando a caracterização do perfil de especialidades médicas que concluíram a residência médica nesta área de atuação.

Resultados

Durante o período avaliado, foram realizados 05 PS, com 10 médicos concludentes e cursantes em Medicina Paliativa no Estado do Ceará, verificando-se que entre as 12 especialidades que são pré-requisito para esta área de atuação (Anestesiologia, Cirurgia de Cabeça e Pescoço; Cancerologia Cirúrgica e Clínica; Clínica Médica; Geriatria; Mastologia; Medicina de Família e Comunidade (MFC); Medicina Intensiva; Neurologia; Nefrologia; Pediatria), 100% são MFC, demostrando a existência de uma afinidade entre as especialidades e destacando a importância do método clínico centrado na pessoa na abordagem biopsicossocial e espiritual.

Conclusão/Considerações finais

Portanto, a análise dos dados ratifica a afinidade entre MFC e CP visto que estes profissionais possuem a sensibilidade necessária para lidar com o cuidado integral e longitudinal, otimizando o controle de sintomas e evitando distanásias, fortalecendo a Atenção Primária como coordenadora do cuidado. Ademais, ressalta a importância do estímulo aos demais pré-requisitos em relação a especialização nessa área de atuação, para que também adquiram essa sensibilidade em sua prática clínica

Referências

1. BRASIL. Ministério da saúde. Portaria gm/ms nº 3.681, de 7 de maio de 2024. Política nacional de cuidados paliativos - pncp no âmbito do sistema único de saúde - sus, por meio da alteração da portaria de consolidação gm/ms nº 2, de 28 de setembro de 2017. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2024/prt3681_22_05_2024.html. Acesso em: 14 de set 2024.
2. BRASIL. Panorama da população brasileira 2022. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/panorama. Acesso em: 14 set 2024.
3. BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo 2022. Panorama. Indicadores. Disponível em: https://censo2022.ibge.gov.br/panorama/indicadores.html?localidade=BR. Acesso em: 14 set 2024.

Palavras Chave

Cuidados Paliativo; Internato e Residência; Medicina de Família e Comunidade