1° Congresso Norte-Nordeste de Nefrologia

Dados do Trabalho


Título

LESAO OSSEA EM EXAME DE IMAGEM DE PACIENTE COM DOENÇA RENAL CRONICA DIALITICA

Apresentação do Caso

Paciente do sexo masculino, 30 anos, com DRC dialítica desde 2013. Paciente iniciou quadro de dor em quadril direito que aliviava após uso de analgésicos comuns, após três meses tornou-se incapacitante, sendo internado para investigação. Os exames laboratoriais identificaram aumento sérico do paratormônio (PTH - 2163 pg/ml), fosfatase alcalina (1532 u/l) e fósforo (6,0 mg/dl). Realizado tomografia computadorizada de quadril que revelou lesão nodular hipodensa, de 5,7x3,0 cm, em ílio à direita, além de lesão lítica no corpo do ísquio direito, medindo 4,4x2,2x1,9 cm. Ultrassonografia cervical evidenciou nódulos sólidos hipoecoicos, postero-lateralmente aos lobos tireoidianos, de provável origem paratireoidiana. Optou-se por realizar biópsia óssea que revelou lesão composta por aglomerados de células gigantes tipo osteoclastos.

Discussão

O tumor marrom é uma forma de osteíte fibrosa cística, o estágio final do processo de remodelamento ósseo associado ao hiperparatireoidismo, sendo apresentação benigna e rara, a incidência nos pacientes com DRC varia de 1,5 a 13%. Clinicamente, apresenta-se como um aumento de volume de crescimento lento, localizado em ossos longos e quando não tratado pode evoluir para complicações como fraturas ósseas e processos infecciosos secundários. Seu tratamento consiste no controle do hiperparatireoidismo.

Comentários Finais

Paciente foi diagnosticado com tumor marrom secundário ao hiperparatireoidismo e será submetido a paratireoidectomia.

Área

Doença Renal Crônica

Instituições

Hospital Universitário Walter Cantídio - Ceará - Brasil

Autores

Danilo Veras Macedo, Ana Teresa Sobreira Lima Verde, Frederico Eduardo Ribeiro Bezerra Monteiro, Angelo Chagas, Claudio Cesar Pinho Mendes, Anaiara Lucena Queiroz