Dados do Trabalho

Título

Análise epidemiológica da taxa de mortalidade de doenças circulatórias no Norte-Nordeste: o impacto da menopausa

introdução e/ou fundamentos

As doenças circulatórias são a maior causa de mortalidade em ambos os sexos e suas incidências em mulheres na menacme, que engloba, em média, o período dos 10 aos 49 anos, é menor do que nos homens de mesma idade. Contudo, ocorre uma mudança nesse perfil na pós-menopausa, quando as alterações hormonais impactam a saúde cardiovascular feminina, aumentando a incidência dessas patologias nas mulheres. A principal razão para isso é a maior ocorrência de síndrome metabólica em mulheres na pós-menopausa, em comparação aos homens da mesma idade, o que pode ser causado pela diminuição dos estrogênios.

Objetivos

Analisar o impacto da menopausa na taxa de mortalidade por doenças circulatórias em mulheres, a partir da faixa etária de 50 anos, nas regiões Norte e Nordeste, em um período de 4 anos, por meio de um comparativo entre idade e gênero.

Métodos

Estudo descritivo, correlacional, utilizará dados referentes à Região Norte e Nordeste do Brasil (75.744.155 habitantes). Serão estudados todos os casos referentes à mortalidade de doenças circulatórias no Norte-Nordeste, no período de março de 2018 a março de 2022 de acordo com gênero e idade, dos 15 aos 49 anos e igual ou superior a 50 anos. Os dados procedem do DATASUS. O estudo trabalhará com dados secundários do banco de dados oficial do Ministério da Saúde. Será preservado o anonimato de todos os casos estudados. O Estudo não envolveu nenhum tipo de experimentos com seres humanos.

Resultados e Conclusões

Constata-se uma taxa de mortalidade por doenças circulatórias, no período de março de 2018 a março de 2022, em pacientes do sexo masculino, dos 15 aos 49 anos, de 6,01%, enquanto nas mulheres de mesma faixa etária a taxa de mortalidade foi de 4,35%. Nos indivíduos acima dos 50 anos, no mesmo período, homens apresentam taxa de mortalidade de 10,41%, enquanto mulheres apresentam uma taxa de mortalidade de 11,24%. Ressalta-se o aumento de cerca de 0,73% na taxa de mortalidade masculina, enquanto a taxa de mortalidade feminina aumentou aproximadamente 1,58%. Logo, as mulheres apresentam um aumento significativo em comparação aos homens.
Então, diante do estudo realizado, conclui-se que existe um forte indicativo para qualificar a menopausa como fator de risco para doenças cardiovasculares na população feminina acima dos 50 anos, dado a constatação do aumento considerável da taxa de mortalidade por doenças circulatórias nessa população em comparação aos homens de mesma idade. O estudo não analisou outras causas que poderiam causar o aumento dessa mortalidade.

Área

Medicina