41º Congresso Norte Nordeste de Cardiologia e 27° Congresso Cearense de Cardiologia

Dados do Trabalho


Título

TENDÊNCIAS DA MORTALIDADE POR INSUFICIÊNCIA CARDÍACA NOS ÚLTIMOS 25 ANOS NAS DIFERENTES REGIÕES DO BRASIL

introdução e/ou fundamentos

A insuficiência cardíaca (IC) é a via final comum de qualquer cardiopatia e é uma das principais causas de morbidade e mortalidade mundial. Estas taxas de mortalidade podem variar entre países e mesmo entre regiões do mesmo país.

Objetivos

Analisar a evolução da mortalidade por Insuficiência Cardíaca de acordo com as regiões do Brasil ao longo dos anos de 1996 a 2020.

Métodos

Este estudo foi executado a partir de um estudo transversal, retrospectivo e de abordagem quantitativa. Os dados foram coletados no Sistema TABNET do Departamento de informática do SUS (DATASUS). Foram incluídos casos de IC (CID 10 – I50) notificados entre os anos de 1996 e 2020 considerando o número de óbitos por regiões do Brasil. As informações foram tabuladas através do software Microsoft Excel 2019.

Resultados e Conclusões

No período analisado foi registrado um total de 702.344 óbitos em todo Brasil por IC, dos quais 32.857 casos foram registrados na região Norte e 166.320 na região Nordeste. Enquanto os números sofreram uma redução progressiva de 1996 até 2020 na região Sudeste (17.545 casos em 1996 e 13.970 casos em 2020), região Sul (6.387 casos em 1996 e 4.135 casos em 2020) e região Centro-Oeste (2.033 em 1996 e 1.525 em 2020), houve um aumento durante o mesmo período na região Norte (1.182 casos em 1996 e 1.507 casos em 2020) e região Nordeste (6.055 casos em 1996 e 6.638 casos em 2020). Os dados completos empregados para o estudo estão disponibilizados nos anexos 1 e 2. A tabela 1 apresenta o número de óbitos registrados por ano e regiões, no período de 1996 a 2020. A região Norte e Nordeste, apresentaram aumento progressivo de casos ao longo dos anos enquanto que as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, apresentaram um declínio significativo no número de casos até o ano de 2018 com discreto aumento nos últimos dois anos, sendo 2020 provável reflexo em decorrência ao enfrentamento à pandemia da COVID-19 no Brasil. Apesar da melhoria no tratamento e gestão da IC, repercutindo uma redução do número de óbitos ao longo do tempo em algumas regiões do Brasil, observa-se persistência de mortalidade nas regiões Norte e Nordeste. O estudo da mortalidade é uma ferramenta de grande valor no planejamento de ações e políticas de atenção à saúde e estes dados chamam atenção para a necessidade e melhoria ao acesso aos serviços de saúde especializados, abordagem e conduta terapêutica principalmente nestas regiões do país, além de vigilância contínua no que tange aos desfechos adversos das doenças cardiovasculares, especialmente a IC.

Área

Medicina

Autores

SUHA ONO SANTOS, ANDREZA ARAÚJO DE OLIVEIRA, KEMELLY FERREIRA DA SILVA, JÉSSICA MARQUES SILVA, RAFAEL XAVIER CUNHA, JOÃO MARCOS BEMFICA BARBOSA FERREIRA