41º Congresso Norte Nordeste de Cardiologia e 27° Congresso Cearense de Cardiologia

Dados do Trabalho


Título

ATIVIDADE FÍSICA E HÁBITOS ALIMENTARES DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM COMO FATOR DE RISCO CARDIOVASCULAR DURANTE A PANDEMIA DO COVID-19

introdução e/ou fundamentos

A nova fase vivida pelos estudantes ao ingressar na universidade é marcada por diversas mudanças, muitas vezes modificando sua rotina, como diminuição de momentos de descanso, lazer e mudança no estilo da alimentação. Com isso, surgem fatores de risco que se não identificados precocemente podem contribuir com o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. A maior parte destas estão vinculadas a fatores de risco comportamentais, como a falta de atividade física, dietas não saudáveis, estresse, uso de tabaco e álcool. Atrelado às cobranças e a carga horária extenuante do curso, que muitas vezes dificultam o autocuidado desses discentes, impactando na sua saúde, mesmo possuindo o conhecimento e entendendo a importância de um estilo de vida saudável, o isolamento pela pandemia do COVID-19 trouxe influência direta ao aumento dos níveis de sedentarismo e má alimentação, intensificando os fatores de risco cardiovasculares.

Objetivos

Identificar os fatores de risco comportamentais Atividade física e Hábitos alimentares para doenças cardiovasculares em acadêmicos de Enfermagem.

Métodos

Trata-se de uma pesquisa transversal, analítica. O estudo foi realizado com estudantes de Enfermagem de duas instituições do ensino superior do estado do Ceará. Utilizou-se um instrumento enviado por e-mail via Google Forms, fundamentado no questionário “Estilo de Vida Fantástico.” Por meio dos critérios de inclusão: idade superior a 18 anos e alunos regularmente matriculados, e de exclusão: estudantes sem acesso à internet, que não responderam ao instrumento e com doença cardíaca prévia, alcançou-se uma amostra de 135 discentes.

Resultados e Conclusões

Constatou-se que a maioria dos discentes são do sexo feminino (80%), com média de idade de 22 anos, renda familiar de 1 a 2 salários mínimos (42%). Em relação a atividade física, foi possível constatar que apenas (34%) praticam a recomendação de 30 minutos de exercício três vezes semanais, evidenciando-se acadêmicos insuficientemente ativos. Sobre o quesito nutrição, constatou-se que em relação ao biótipo autorreferido, endomorfos foram os de maior prevalência (49,6%) com IMC apontando para sobrepeso. Foi autodeclarado aumento de peso recente (52,5%) destacando-se o consumo frequente de 4 a 6 alimentos industrializados (51,8%). O presente estudo evidenciou fatores de risco cardiovasculares dos quais foram elevados durante o lockdown, houve diminuição dos níveis de atividade física e aumento de peso. Faz-se necessário intervenções viáveis que comova mudanças de hábitos de vida.

Área

Multiprofissional

Instituições

Universidade Estadual do Ceará - Ceará - Brasil

Autores

KEVIN MELGAÇO DA COSTA, ADRIANA MORAES BEZERRA, GENIFER CARNEIRO ARAÚJO, VERA LUCIA MENDES DE PAULA PESSOA