Dados do Trabalho

Título

Tratamento de cardiopatia isquêmica: análise quantitativa e financeira por região federativa em 05 anos.

introdução e/ou fundamentos

A cardiopatia isquêmica ocorre por desequilíbrio entre oferta e demanda de oxigênio no miocárdio, causada principalmente por doenças crônicas evitáveis como hipercolesterolemia e diabetes mellitus. É uma enfermidade prevalente no Brasil que por vezes demanda altos custos com procedimentos hospitalares diagnósticos e terapêuticos. Dessa maneira, é salutar realizar análise quantitativa de internações por essa patologia de modo a expor o impacto financeiro dessas intervenções ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Objetivos

Realizar análise entre a quantidade de internações e os valores gastos com procedimentos hospitalares para o tratamento da cardiopatia isquêmica por região federativa em 05 anos, de forma a expor o impacto financeiro das intervenções realizadas junto ao SUS.

Métodos

Estudo documental, retrospectivo e descritivo, com dados coletados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), referente a quantidade e gastos por região de pacientes portadores de cardiopatia isquêmica, entre Março/2017 e Março/2022.

Resultados e Conclusões

Considerando o período de Março/2017 a Março/2022, houve um total de 29.045 internações por cardiopatia isquêmica, resultando em um gasto de R$ 28.151.587,05. Ao analisar as regiões do Brasil, o Sudeste registrou o maior número de internações (9.649) bem como o maior gasto. Em contrapartida, a região Norte apresentou o menor número de internações e menor gasto, sendo 2.629 e R$ 1.997.360,47, respectivamente. Quanto às outras regiões, o Centro-Oeste registrou 12,3% das internações e 7,8% dos gastos; o Nordeste representou 17,3% das internações com 20,6% dos gastos; e a região Sul tem 28% e 25,5%, das internações e dos gastos respectivamente. Assim, ao fazer análise dos gastos para tratamento da cardiopatia isquêmica de acordo com o número de internações nos últimos 05 anos, observou-se que há grande custo para o sistema de saúde, e que o gasto é diretamente proporcional ao número de internações. À vista disso, faz-se necessário que os profissionais de saúde forneçam informações e estímulo aos pacientes acerca de medidas não farmacológicas para prevenção da cardiopatia e, consequentemente, reduzir as internações e custos do SUS direcionados à essas patologias.

Área

Medicina