Dados do Trabalho

Título

Tratamento de doença reumática com comprometimento cardíaco: análise quantitativa e financeira por região federativa em 05 anos.

introdução e/ou fundamentos

O comprometimento cardíaco está presente nas mais diversas patologias, dentre elas se pode destacar as de origem reumática. Neste vasto grupo de doenças podemos citar: febre reumática, lupus eritematoso sistêmico, artrite reativa, cada uma com seus respectivos acometimentos cardiovasculares. A febre reumática, por exemplo, pode ter uma grande diversidade de agressões, que vão desde as valvopatias, acometendo principalmente as valvas mitral e aórtica, até as miocardites e pericardites. Dessa forma, é notório a relevância e influência que o sistema cardiovascular, quando acometido, pode causar nos desfechos, prognósticos e tratamentos dessas patologias.

Objetivos

Por isso, objetiva-se analisar quantitativamente e financeiramente o cenário das terapêuticas das doenças reumáticas com repercussões cardíacas no Brasil.

Métodos

Estudo transversal, retrospectivo e quantitativo, por meio da análise de dados do DATASUS - Sistema de Informações Hospitalares do SUS, realizado a partir da avaliação dos custos com o tratamento de pacientes com doença reumática e comprometimento cardíaco, considerando cada região do país, durante o período de 05 anos (março de 2017 até março de 2022).

Resultados e Conclusões

Nesse contexto temporal em análise, houve um total de 6.837 autorizações de Internação Hospitalar (AIH) emitidas para enfermidade reumática com comprometimento cardíaco, resultando em custo total de R$ 7.529.574,25. A maioria dos casos se concentrou na região Nordeste (45,85%), consequentemente a área com maiores despesas (46,27%) no período. A região Sudeste apresentou o segundo maior número de casos (34.86%) e custo (36,99%), os quais somados aos valores do Nordeste, evidenciam um dispêndio de 83,26% do valor total. O Sul possuiu 491 casos e o menor gasto (4,87%), enquanto o Norte teve 435, com 6,74% do valor e o Centro-Oeste 390 pacientes, com 5,70% de custo. Ao fim, obteve-se um valor médio de R$ 1.101,30 por AIH emitida para essa terapêutica. Observou-se, portanto, uma diferença significativa de acometimento e de dispêndios a depender da região avaliada: a região Nordeste e a Sudeste se mostraram como as principais, em comparação com as regiões Sul, Norte e Centro Oeste. Diante do exposto, fica evidente a importância da análise periódica desses dados e a reflexão acerca da necessidade de tratamentos precoces que poderiam evitar a progressão das doenças reumáticas e, assim, reduzir o risco do comprometimento cardíaco.

Área

Medicina