41º Congresso Norte Nordeste de Cardiologia e 27° Congresso Cearense de Cardiologia

Dados do Trabalho


Título

PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DOS ÓBITOS CAUSADOS POR INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO NA REGIÃO AMAZÔNICA

introdução e/ou fundamentos

As síndromes coronarianas agudas correspondem a principal causa de mortalidade em todas as regiões do Brasil. Este trabalho é voltado para avaliação do perfil clínico-epidemiológico dos pacientes com óbito causado por Infarto Agudo do Miocárdio na região Amazônica.

Objetivos

Descrever o perfil clínico-epidemiológico dos óbitos causados por Infarto Agudo do Miocárdio na região Amazônica.

Métodos

Estudo transversal, retrospectivo de abordagem quantitativa. Dados coletados no Sistema TABNET do Departamento de informática do SUS (DATASUS). Foram incluídos casos confirmados de mortalidade por IAM (CID 10 - I21) notificados nos estados da Amazônia Ocidental – Acre, Amazonas, Rondônia e Roraima – e da Amazônia Oriental – Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Tocantins – entre os anos de 2015 e 2020 considerando as variáveis: sexo, idade, raça/cor, local de ocorrência e escolaridade. As informações foram tabuladas através do software Microsoft Excel.

Resultados e Conclusões

Nos 6 anos em análise foi registrado um total de 57.138 casos de óbitos nos 9 Estados pertencentes a Região Amazônica, sendo o ano de 2020 o de maior registo, com 9.921 óbitos decorrentes de IAM. Os indivíduos do sexo masculino são de maior prevalência, onde podemos destacar os dados de Roraima com maior índice entre os Estados sendo de 79,17%, 73,87%, 75,21%, 76,05%, 69,33% nos anos de 2015 a 2019 respectivamente, e no ano de 2020 Rondônia com 66,86%. No período em análise, a idade mais acometida foi de 70-79 anos de idade. Porém no ano de 2020 registrou-se maior índice em idosos de 60-69 anos nos Estados do Mato Grosso (26,60%), Rondônia (26,33%) e Roraima com (29,52%). No mesmo ano os Estados que registraram maiores taxas entre indivíduos de 80+ anos foram Acre (24,41%), Amapá (24,48%), Amazonas (26,22%), Maranhão (28,89%) e Tocantins (28,68%). A cor-raça mais acometida em todos os Estados é a parda, representando 67,46% nos 6 anos em análise. Os locais com maiores índices de ocorrência dos óbitos são no hospital (47,92%) e em domicílio (38,89%). Quanto a escolaridade, na pesquisa em geral, 30,37% não possuía nenhum nível de escolaridade. Observa-se que, no período em estudo, o perfil epidemiológico dos pacientes com óbito por Infarto Agudo do Miocárdio na região Amazônica são em sua maioria homens, entre 70-79 anos, com prevalência da cor parda, sem escolaridade.

Área

Medicina

Autores

JESSICA MARQUES SILVA, Kemelly Ferreira da Silva, Suhã Ono Santos, Rafael Xavier Cunha, Andreza Araújo de Oliveira, João Marcos Bemfica Barbosa Ferreira