41º Congresso Norte Nordeste de Cardiologia e 27° Congresso Cearense de Cardiologia

Dados do Trabalho


Título

MORBIMORTALIDADE POR INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO NO BRASIL: UMA ANÁLISE TEMPORAL DA ÚLTIMA E DA PRÓXIMA DÉCADA

introdução e/ou fundamentos

As doenças cardiovasculares constituem a principal causa de morte no Brasil e no mundo, sendo o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) a principal etiologia. Estudos mostram que os óbitos por IAM tendem a crescer nos próximos anos, principalmente pelo aumento da expectativa de vida das populações.

Objetivos

Analisar o número de internações e óbitos por Infarto Agudo do Miocárdio no Brasil, na última e a estimativa para a próxima década.

Métodos

Estudo observacional, retrospectivo, de série temporal, realizado a partir da base de dados do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS), entre 2011 e 2020. Serão analisadas a taxa de mortalidade (TM), número de internações e de óbitos por IAM, por região do Brasil. A estimativa será feita a partir da fórmula de obtenção de tendência por mínimos quadrados, pelo programa Excel 2016. Dispensa-se a apreciação pelo Comitê de Ética em Pesquisa por serem utilizados dados públicos, sem identificação dos participantes.

Resultados e Conclusões

Foram registrados no Brasil, 1.041.894 internações e 115.872 óbitos entre 2011-2020. Na região Sudeste foi visto o maior número de internações (n=522.501) e o Norte com o menor (n=42.186). O Sudeste liderou em número de óbitos (n=56.644), seguida do Nordeste (n=25.158) e Sul (n=21.400). Estima-se que até 2030, o Brasil tenha uma elevação de 52,4% das internações e 29,8% dos óbitos por IAM. A TM apresentou tendência a redução entre os anos estudados, variando de 12,79 em 2011 para 9,61, em 2020. Comparando as regiões, a maior TM foi vista no Norte em 2011 (n=15,65) e a menor foi do Centro-Oeste em 2020 (n=7,58). A tendência é que, em 2030, comparado a 2011, a TM do Brasil reduza pela metade.
Apesar de ser observado um aumento expressivo no número de internações e óbitos por IAM no Brasil na última década, assim como uma tendência de elevação desses dados até 2030, a TM tende a diminuir até 2030, em todas as regiões. A melhora no sistema de saúde, avanço da medicina e aumento da população podem ser fatores contribuintes na redução da TM. Novos estudos são necessários para a melhor compreensão do comportamento da morbimortalidade por IAM no Brasil, assim como urge a realização de investimentos na tentativa de mitigar os impactos ainda bastante significativos do IAM

Área

Medicina

Instituições

UniFTC - Bahia - Brasil

Autores

GIOVANNA SOUZA FILARDI, MATEUS RIBEIRO DE ALMEIDA, JULIANA FRAGA VASCONCELOS